Caos em Paris, ao 13º sábado de manifestações dos “coletes amarelos

Caos em Paris, ao 13º sábado de manifestações dos “coletes amarelos. A capital francesa voltou a viver cenas de grande violência, com confrontos, viaturas incendiadas e bancos vandalizados

CHRISTOPHE PETIT TESSON

Alfa/Expresso. Por Daniel Ribeiro

Alguns turistas que passeavam este sábado junto à Torre Eiffel ou em quarteirões do Quartier Latin, de Montparnasse ou dos Campos Elísios, bairros centrais de Paris, ficaram apavorados. Em certos momentos, Paris voltou a estar em polvorosa, com barricadas, carros e motos incendiados, agências bancárias vandalizadas, confrontos muito violentos entre manifestantes e forças policiais. Foi mais um sábado “normal” na cidade-luz, o 13º consecutivo de manifestações dos “coletes amarelos”.

Na realidade, os sábados da “revolta amarela”, em Paris, seguem-se uns aos outros num ritual de duras manifestações a que os parisienses e mesmo a polícia já se habituaram. Hoje, manifestantes mais radicais chegaram a tentar entrar na Assembleia Nacional e no Senado. Entre os diversos feridos, um homem perdeu uma mão devido à explosão de uma granada lacrimogénea.

A tensão e os confrontos em Paris prosseguiam ao cair da noite, principalmente na zona dos Campos Elísios, num dia de guerrilha urbana que se pode ainda prolongar durante a noite numa “vigília amarela” convocada por alguns “coletes” para a praça da República, no centro do Paris.

Manifestações decorriam também ao fim do dia noutras cidades francesas, todas com as mesmas revindicações: “Macron demissão” e “Referendo de Iniciativa Cidadã”.

Os nomes do Presidente Emmanuel Macron e do ministro do Interior, Cristophe Castaner, são os mais visados pelos manifestantes. Este último é responsabilizado pelas “violências policiais” (mais de três mil feridos, algumas dezenas em estado grave).

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