14 mortos e 89 feridos em ataque russo com mísseis em toda a Ucrânia, segundo Kiev

14 mortos e 89 feridos em ataque russo com mísseis em toda a Ucrânia, segundo Kiev

Alfa/ com Lusa e atualização Alfa
O número de pessoas hoje feridas nos ataques russos com mísseis em toda a Ucrânia subiu de 60 para 89, ao passo que o número de mortos aumentou de 10 para 11, indicou uma porta-voz da Polícia Nacional Ucraniana. Mais tarde foram anunciados 14 mortos.

Aporta-voz, Mariana Reva, citada pela Ukrinform (Plataforma Multimédia de Notícias Ucraniana), atualizou o balanço dos ataques com mísseis russos durante uma maratona televisiva em canais ucranianos.

“Infelizmente, o número de vítimas aumentou. Neste momento, é de 89 feridos em toda a Ucrânia, e os mortos são 11. Desses, resultantes dos ataques com mísseis lançados pela Federação Russa sobre o território da Ucrânia hoje de manhã, cinco foram mortos em Kiev, quatro na região de Dnipropetrovsk e uma pessoa na região de Poltava e outra na região de Kiev”, precisou Reva.

Segundo a porta-voz, foram 70 as estruturas importantes destruídas ou danificadas pelos ataques russos, 29 das quais eram infraestruturas essenciais.

Como noticiado, as forças russas lançaram um ataque com mísseis em grande escala a várias cidades ucranianas hoje de manhã. No total, mais de 80 mísseis foram disparados.

Além da região da capital ucraniana, Kiev, a Rússia bombardeou regiões ucranianas como Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando “uma manhã muito dura” no país, como afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, referindo que os ataques foram feitos com recurso a armamento iraniano.

De acordo com o Ministério da Defesa ucraniano, a Rússia utilizou 83 mísseis e 17 drones de fabrico iraniano nos bombardeamentos.

Segundo um porta-voz da força aérea ucraniana, citado pelo jornal Kyviv Independent, 43 dos mísseis lançados foram abatidos pelas defesas anti-aéreas ucranianas.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 229.º dia, 6.221 civis mortos e 9.371 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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