Montenegro apoia António Costa para presidente do Conselho Europeu se decidir ser candidato

The prime-minister-designate, Luis Montenegro (L), is greeted by the outgoing prime-minister, Antonio Costa, on his arrival for a meeting at the Sao Bento official residence in Lisbon, Portugal, 27 March 2024. TIAGO PETINGA/LUSA

Europeias: Montenegro anuncia apoio a Costa para presidência do Conselho se decidir ser candidato

O líder do PSD e primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou o apoio da AD e do Governo ao seu antecessor António Costa para o cargo de presidente do Conselho Europeu, se decidir ser candidato.

“É possível que a presidência do Conselho Europeu seja destinada a um candidato socialista. Se o dr. António Costa for candidato a esse lugar, a AD e o Governo de Portugal não só apoiarão como farão tudo para que essa candidatura possa ter sucesso”, afirmou.

Questionado se tal apoio depende da resolução do processo judicial em que o ex-primeiro-ministro viu o seu nome envolvido, respondeu: “Se o dr. António Costa for candidato – e quem vai decidir se é candidato é ele e a sua família política – a nossa decisão está tomada”.

Montenegro salientou que o PPE “é o vencedor das eleições a nível dos 27 Estados-membros da União Europeia”, pelo que “é expectável que principais famílias políticas europeias” possam acertar a distribuição dos cargos mais relevantes das instituições europeias.

“È expectável que a presidência da Comissão Europeia seja da força política mais representativa, o PPE”, disse.

Sobre António Costa, o também primeiro-ministro disse que decidiu fazer no domingo este anúncio do apoio do Governo português para “não quebrar um tabu”.

“Mas o próprio, muitos dos meus colegas chefes do Governo do Estados-membros da União Europeia e todos os meus colegas do PPE já sabem disto mesmo antes de eu ser primeiro-ministro”, disse.

Questionado sobre os resultados do Chega – que caiu em relação às últimas legislativas – e a vitória da extrema-direita em França, o primeiro-ministro disse ter visto “com apreensão” o crescimento de forças políticas extremistas “em vários Estados-membros da União Europeia”.

“Posso também, nesta ocasião, cumprimentar o povo português por continuar a ser na Europa um referencial de moderação, um referencial dos valores fundadores da EU, mesmo com a dificuldade que é atingirmos muitas vezes o consenso conjugando interesse de 27 Estados-mebros”, disse.

Alfa/ com Lusa (adaptação Alfa)

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