Cimeira iniciou via “imparável” para paz que terá de ser alargada à Rússia
Em declarações aos jornalistas depois de intervir na derradeira sessão plenária da cimeira que decorre desde sábado na estância de Burgenstock, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a conferência foi um sucesso, “pela sua representatividade”, e sublinhou a ideia, deixada na sua intervenção perante os restantes representantes de cerca de uma centena de países e organizações presentes, de que “é imparável esta via, este caminho, este passo que foi dado hoje”.
“Este é um passo, há outros passos, e nos outros passos é bom que haja o alargamento a novos parceiros, naquela expressão que provavelmente o comunicado vai adotar ‘all parties’ [todas as partes]. E eu acrescentei que, em rigor, deviam ter estado já aqui neste primeiro passo, mas poderão estar em passos seguintes”, afirmou o chefe de Estado.
Questionado sobre quem mais deve ser envolvido no processo, Marcelo, sem mencionar explicitamente a Federação Russa, respondeu que as conversações devem ser alargadas a “todas as partes envolvidas” diretamente no conflito.
“Se se trata de um conflito, envolve várias partes. E é impossível tratar desse conflito, tratar da troca de prisioneiros, tratar do regresso dos deportados, tratar de questões humanitárias, questões que envolvem as partes envolvidas no conflito, como é a saída dos cereais do local da sua produção, é muito difícil tratar de forma pacífica e duradoura sem estarem todos os envolvidos”, declarou.
Alfa/ com Lusa