O futebolista internacional português João Neves afirmou hoje que escolheu assinar por cinco épocas com o Paris Saint-Germain, até 2029, pelo “projeto fantástico”, garantindo que não vai desiludir os adeptos do campeão francês.
“Honestamente, estou um pouco nervoso, mas feliz ao mesmo tempo. Nervoso porque realmente me preocupo e estou aqui para dar o meu melhor. Espero que os adeptos do PSG desfrutem de mim”, começou por dizer o médio centro, citado pelos meios de comunicação do emblema parisiense.
Aos 19 anos, João Neves, internacional por Portugal em nove ocasiões, deixa o Benfica, o seu clube de sempre, e ruma a Paris para se tornar “melhor jogador” em busca de “grandes objetivos”.
“O projeto é fantástico, o clube é enorme, com grandes objetivos e a maneira de pensar é tentar com o que o clube seja mais forte com jovens jogadores. É um projeto muito bom com grandes objetivos e com grandes recordes. Quero passar este meu capítulo da minha carreira a ser melhor jogador e desenvolver-me futebolisticamente e como homem”, expressou.
A “ideia de jogo” foi a principal razão para escolher a equipa treinada pelo espanhol Luis Enrique, deixando a garantia de que não irá desiludir sempre que for chamado.
“O mister Luís [Enrique] tem a ideia de jogo que eu procuro e por isso escolhi Paris. Venho para cá e não vou desiludir. Gosto de futebol curto, rápido e o mister tem grandes ideias de jogo. O PSG adequa-se ao meu estilo de jogo”, concluiu.
Já os ‘encarnados’ publicaram um vídeo de despedida com vários momentos do médio de ‘águia ao peito’, com João Neves a dizer que “não é um adeus”, mas “um até já”.
No balneário no campeão francês, que pagou 59,9 milhões de euros (ME) ao Benfica pela transferência, a sexta maior do clube da Luz, Neves vai encontrar os colegas de seleção Nuno Mendes, Danilo Pereira, Vitinha e Gonçalo Ramos.
João Neves, de apenas 19 anos, esteve ligado às ‘águias’ desde sempre, numa primeira fase integrado nas escolas do clube em Tavira e Faro, e a partir de 2016/17 no Benfica Campus, no Seixal, onde percorreu todos os escalões de formação até atingir equipa principal em 2022/23.
Estreou-se pela mão do treinador Roger Schmidt, em dezembro de 2022, numa derrota com o Sporting de Braga, acabando essa temporada com 20 partidas e como titular dos ‘encarnados’, inclusive marcando um golo diante do Sporting (2-2), que seria crucial para a conquista do título de campeão.
Na época passada, consolidou-se definitivamente como uma das principais opções do treinador, com 55 encontros, 49 dos quais como titular, e três golos em todas as competições.
Deixa a Luz com um total de 75 jogos e quatro golos pelo conjunto principal, pelo qual arrecadou um campeonato nacional e uma Supertaça Cândido de Oliveira.
“Se quisesse mesmo ir embora, já tínhamos resolvido há muito tempo” – João Neves
O médio João Neves revelou hoje que a transferência para o Paris Saint-Germain já podia estar “resolvida há muito tempo”, caso o Benfica e o futebolista quisessem mesmo que o desfecho fosse a saída do clube da Luz.
« Foi muito difícil, porque se eu quisesse mesmo ir embora, e se o Benfica quisesse mesmo que eu fosse embora, já tínhamos resolvido isto há muito tempo. Tentámos até ao máximo e chegámos a um consenso. Achámos o melhor das duas partes, em termos financeiros é bom para o clube e é bom para mim », afirmou, em entrevista ao emblema ‘encarnado’.
A transferência para Paris foi falada durante muitas semanas, com o médio internacional português, de 19 anos, a dar conta de como tudo se desenrolou antes de assinar até 2029 com o campeão de França.
« Nem eu, nem a minha família ligou a quem quer que seja para forçar a minha saída, ou qualquer outro tipo de assunto relacionado com o João Neves querer sair. Nem o Benfica quis que eu saísse. Está muito bem vincado e muito bem presente na minha cabeça. Falei algumas vezes com o presidente, tínhamos sempre a mesma opinião. Não foi fácil para o presidente. Nas reuniões que eu tive com ele, o presidente estava muito emotivo, porque se tratava de mim”, confessou.
O desafio que se segue na capital gaulesa “assusta” o internacional português, que protagonizou a sexta maior venda do Benfica, por 59,9 milhões de euros (ME), uma vez que sai da sua “zona de conforto”.
« Claro que assusta, saio da minha zona de conforto. Vou sair para um país diferente, para uma realidade diferente, língua diferente, ainda não estou muito seguro do que é que eu posso fazer lá, mas vou dar o meu máximo. Essa é a minha natureza, dar o meu máximo onde quer que eu esteja, porque sei que, se der o meu máximo, estarei sempre mais próximo de alcançar os meus objetivos”, explicou.
Neves estreou-se pela mão do treinador Roger Schmidt, em dezembro de 2022, numa derrota com o Sporting de Braga, acabando essa temporada com 20 partidas e como titular dos ‘encarnados’, pelo que não se esqueceu de dirigir palavras elogias ao alemão na hora da despedida.
“Foi ele que me deu a oportunidade, foi ele que acreditou em mim, se calhar quando eu também não acreditava que estava preparado para fazer o meu primeiro jogo a titular contra o Estoril. Eu tenho uma dívida muito grande, porque foi ele que me pôs nesta situação. Nunca me esquecerei do ‘mister’ Roger Schmidt », agradeceu.
Quanto aos jogadores com quem jogou na Luz quis destacar o extremo Ángel Di María, pelo “pé esquerdo mágico e a precisão fora do normal”, assim como Chiquinho, agora nos gregos no Olympiacos, face à “qualidade, maneira de estar e de trabalhar”.
No balneário no campeão francês Neves vai encontrar os companheiros de seleção Nuno Mendes, Danilo Pereira, Vitinha e Gonçalo Ramos.
João Neves, de apenas 19 anos, esteve ligado às ‘águias’ desde sempre, numa primeira fase integrado nas escolas do clube em Tavira e Faro, e a partir de 2016/17 no Benfica Campus, no Seixal, onde percorreu todos os escalões de formação até atingir equipa principal em 2022/23.
Na época passada, consolidou-se definitivamente como uma das principais opções do treinador, com 55 encontros, 49 dos quais como titular, e três golos em todas as competições.
Deixa a Luz com um total de 75 jogos e quatro golos pelo conjunto principal, pelo qual arrecadou um título de campeão nacional e uma Supertaça Cândido de Oliveira.
Médio João Neves entra para o top 10 das vendas mais caras em Portugal
O médio João Neves entrou hoje para o top 10 das maiores vendas do futebol português, depois de o Paris Saint-Germain ter pagado 59,9 milhões de euros (ME) fixos ao Benfica pelo internacional luso.
A venda do passe do jovem, de 19 anos, que poderá atingir os 69,9 ME, mediante a concretização de determinados objetivos, passou a ser oitava mais avultada, superando a de Bruno Fernandes, que trocou o Sporting pelo Manchester United por 55 ME, em 2020.
O top 5 continua a ser exclusivamente do Benfica, a começar pelo médio Enzo Fernández, campeão mundial de seleções pela Argentina, que se mudou para os ingleses do Chelsea, por 121 ME, em janeiro de 2023, e que lidera um pódio que inclui João Félix, transferido para o Atlético de Madrid por 120 ME, em 2019, e o uruguaio Darwin Núñez, resgatado em 2022 pelos ingleses do Liverpool, a troco de um montante fixo de 75 ME, mais 25 ME em variáveis.
As ‘águias’ conseguiram ainda 68 ME, acrescidos de 3,6 em objetivos, em 2020, quando Rúben Dias assinou pelo tricampeão inglês e atual campeão europeu Manchester City, sendo que Gonçalo Ramos fecha o top 5, após ter rendido 65 ME fixos com a mudança para o PSG, no ano passado.
Seguem-se o uruguaio Manuel Ugarte, a maior venda da história do Sporting, com os 60 ME pagos também pelos parisienses, e o internacional luso Otávio, que, pela mesma verba, levou o Al Nassr a torná-lo no maior encaixe de sempre do FC Porto.
Depois de João Neves e Bruno Fernandes, o brasileiro Éder Militão encerra o top 10, face aos 50 ME pagos pelo Real Madrid aos ‘dragões’, em 2019.
Entre as transações mais caras dos portistas constam ainda os nomes dos colombianos Luis Díaz, que rumou ao Liverpool em 2022, e James Rodríguez, transferido para o Mónaco em 2013, ambos por 45 ME.
Igual verba somou o Sporting com o espanhol Pedro Porro (Tottenham) e com Nuno Mendes (Paris Saint-Germain), que até tinham saído inicialmente mediante taxas de empréstimo de cinco e de sete ME, respetivamente, ao passo que Matheus Nunes (Wolverhampton) rendeu 45 ME fixos.
Com Agência Lusa.
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