05 Outubro: Marcelo defende país tolerante e plural com « mosaico riquíssimo » de imigração

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, intervém durante as comemorações oficiais do Dia da Implantação da República Portuguesa, nos Paços do Concelho, em Lisboa, 05 de outubro de 2024. A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português, que destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

05 Outubro: Marcelo defende país tolerante e plural com « mosaico riquíssimo » de imigração

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou hoje que a chegada de imigrantes de diferentes religiões a Portugal criou um « mosaico riquíssimo » e defendeu que o país deve ser tolerante e plural.

Na sua intervenção na sessão solene comemorativa do 114.º aniversário da Implantação da República, na Praça do Município, em Lisboa, o chefe de Estado falou dos portugueses que emigraram neste século e também dos imigrantes, « falantes e não falantes de língua portuguesa », que chegaram ao país.

« Tudo hoje perfazendo 11 milhões vivendo cá dentro, e mais do que esses 11 milhões nacionais e lusodescendentes vivendo lá fora. E, nos que vivem cá dentro, um milhão de não nacionais, neles claramente dominando os lusófonos », referiu.

Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que « República e democracia viram como, ao lado do catolicismo, avultaram outras importantes confissões cristãs, em rápida subida, e também outros numerosos credos e igrejas e não crentes », e comentou: « Mosaico riquíssimo, bem diferente de alguns dos nossos vizinhos europeus ».

Na parte final do seu discurso, o Presidente da República defendeu os valores da liberdade, pluralismo e tolerância: « Viver com liberdade é muito melhor do que viver com repressão. Pluralismo é muito melhor do que verdade única. Tolerância e universalismo é muito melhor do que aversão ao diferente e fechamento. A mais imperfeita democracia é muito melhor do que a mais tentadora ditadura ».

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