Governo vai aprovar despesa de 20 ME para comprar mais de 600 veículos para PSP e GNR – PM

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, fala aos jornalistas após ter reunido com as ministras da Justiça, Rita Alarcão Júdice (3-E), e da Administração Interna, Margarida Blasco (3-D), e com as chefias da Polícia Judiciária (PJ), Polícia de Segurança Pública (PSP) e Guarda Nacional Republicana (GNR), Lisboa, 27 de novembro de 2024. O encontro acontece no seguimento da notícia de que a PJ deu cumprimento a vários mandados de busca no concelho de Loures envolvendo "vários suspeitos" do incêndio num autocarro no mês de outubro, em Santo António dos Cavaleiros, que feriu gravemente o motorista, durante a onda de tumultos gerada na Área Metropolitana de Lisboa pela morte de Odair Moniz, baleado por um agente da PSP no Bairro da Cova da Moura, na Amadora, há cerca de um mês. MIGUEL A. LOPES/LUSA

O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo vai aprovar na quinta-feira em Conselho de Ministros uma autorização de despesa de mais de 20 milhões de euros para a aquisição de mais de 600 veículos para PSP e GNR.

Luís Montenegro falava aos jornalistas no final de uma reunião de cerca de uma hora com a ministra da Justiça, Rita Júdice, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, o diretor nacional da Polícia Judiciária, o comandante-geral da GNR, o diretor nacional da PSP e o secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna.

“Tenho reiteradamente dito que Portugal é um pais seguro, é mesmo um dos países mais seguros do mundo, mas este contexto tem de ser trabalhado e alcançado todos os dias”, defendeu.

Numa declaração pouco depois das 21:00, Montenegro fez um balanço de uma operação a decorrer desde 04 de novembro entre várias forças policiais e administrativas, “Portugal sempre seguro”, anunciando que da mesma já resultou o desmantelamento de “duas redes criminosas no âmbito da imigração ilegal e do tráfico de pessoas.

O primeiro-ministro repetiu hoje que Portugal “é um dos países mais seguros do mundo”, mas defendeu que não pode “viver à sombra da bananeira” nesta matéria, reiterando total confiança no “trabalho excecional” da ministra da Administração Interna.

Luís Montenegro falava aos jornalistas no final de uma reunião de cerca de uma hora com a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, o diretor nacional da Polícia Judiciária, o comandante-geral da GNR, o diretor nacional da PSP e o secretário-geral adjunto do Sistema de Segurança Interna, na residência oficial, em São Bento.

“É nossa obrigação dar nota ao país daquilo que está a ser feito, dos objetivos que estão subjacentes a uma decisão que o Governo tomou de maior policiamento, de maior presença no terreno de todas as forças policiais e também, no âmbito desta campanha ‘Portugal Sempre Seguro, da interação com outras entidades e serviços do Estado, com vista a promover a fiscalização de várias atividades”, justificou.

O objetivo, explicou, é poder tranquilizar a população, enfatizando uma mensagem que já tinha passado na terça-feira.

“Eu repito, Portugal é um país seguro, Portugal é um dos países mais seguros do mundo, mas é preciso não viver à sombra da bananeira de uma performance passada. Nós temos de realizar as ações conducentes a garantir que no futuro teremos ainda mais condições de segurança, menos ocorrência de criminalidade e também menos perceção de que a segurança possa estar em causa”, justificou.

Questionado sobre as críticas do líder do PS, Pedro Nuno Santos, que o acusou de disputar o discurso securitário com o Chega, disse limitar-se a “ouvir e a registar”.

“O nosso foco não é trabalhar para as oposições, o nosso foco é trabalhar para as populações, o nosso foco é trabalhar para as pessoas, o nosso foco é cumprir a nossa responsabilidade. A oposição faz o seu trabalho, nós fazemos o nosso e daqui a quatro anos os portugueses tirarão as suas ilações”, disse.

Já à questão se mantém a confiança na ministra Margarida Blasco, Montenegro considerou-a uma pergunta “apenas de retórica”.

“Com certeza que todos os membros do Governo têm a minha confiança plena para o exercício das suas funções e por isso estão na plenitude da sua ação. Em particular a ministra da Administração Interna, como de resto da ministra da Justiça, estão a fazer um trabalho excecional relativamente aos desafios que nós temos pela frente”, disse.

Montenegro insistiu que não se pode “deixar crescer sentimentos de insegurança ou fenómenos criminais graves” para salvaguardar “as liberdades individuais de cada cidadão” o ativo económico que representa a segurança do país.

 

Com Agência Lusa.

Article précédentMoçambique/Eleições: Caos no centro de Maputo após atropelamento de manifestante
Article suivantBenfica dá a volta ao resultado no Mónaco e regressa aos triunfos na ‘Champions’