PR Marcelo elogia Cabo Verde como « farol de democracia » e exemplo em África

O presidente de Cabo Verde, José Maria Neves (E), acompanhado pelo Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa (D), passam revista às forças em parada, durante a cerimónia comemorativa dos 50 anos da transferência de soberania de Cabo Verde, antiga colónia portuguesa, na Praia, Cabo Verde, 19 de dezembro de 2024. ELTON MONTEIRO/LUSA

Presidente português elogia Cabo Verde como « farol de democracia » e exemplo em África

 O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, classificou hoje Cabo Verde como « um farol de democracia e estabilidade política em África », realçando que, em 50 anos desde o Acordo de Lisboa, protagonizou uma das « mais extraordinárias trajetórias ».

« Colocando estes 50 anos em perspetiva, desde o momento da assinatura do Acordo de Lisboa até o dia de hoje, com processos políticos e constitucionais numa e noutra pátria, densos e diversos, forçoso é confirmar que Cabo Verde tem protagonizado uma das trajetórias mais extraordinárias no continente africano », sustentou o chefe de Estado português

Além disso, prosseguiu, o arquipélago é, desde há « muitos anos, um farol de democracia e de estabilidade política em África ».

O Presidente falava durante a cerimónia de homenagem aos signatários do Acordo de Lisboa para a transferência de soberania de Cabo Verde.

Marcelo rebelo de Sousa realçou que nas áreas da educação, nos níveis de literacia, urbanismo, crescimento económico, em todos estes domínios, « mesmo confrontando-se com a prevalência de desafios, com os quais também se depara Portugal e todo o mundo, Cabo Verde « tem protagonizado uma capacidade de recriação a todos títulos extraordinária ».

« Também no plano internacional, Cabo Verde tem-se assumido como um exemplo notável e notório de um país firmemente ancorado no multilateralismo e na defesa dos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas », salientou.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que mesmo num mundo com crescentes tensões geopolíticas, o país « tem sabido construir uma credibilidade internacional, sustentada no tempo e no modo, tirando o melhor partido da sua situação geoestratégica e da afirmação da sua identidade atlântica e universal ».

« Por tudo isto, é muito importante aqui estar hoje. Não apenas por razões pessoais, de ter vivido o que se viveu há 50 anos e poder estar aqui, vivo e com as responsabilidades atuais, neste momento. Aqui estamos a evocar e a celebrar um país e um povo, que projeta Cabo Verde muito para lá da Macaronésia, através da cultura, da diáspora, da sua maneira de ser e de se afirmar por todo o mundo », acrescentou.

« Viva Cabo Verde, vivam os povos, estados e irmãos de Cabo Verde e de Portugal », enfatizou.

O Acordo de Lisboa foi assinado em 19 de dezembro de 1974 entre o Governo português e o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), estabeleceu a « fixação, por acordo, do esquema e do calendário do processo de descolonização do território do Estado de Cabo Verde ».

Alfa/com Lusa

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