
Rui Costa, único ciclista português campeão mundial de fundo, anunciou hoje a sua retirada aos 39 anos, assumindo-se “abençoado” por ter vivido um sonho que o levou a vencer três etapas na Volta a França.
“Chegou a hora de me retirar. De usufruir da companhia dos meus, de estar presente nos pequenos grandes momentos e de viver com calma o que tantas vezes ficou adiado. Fui um abençoado por viver o meu sonho, por vencer, por cair e levantar, e por ter sempre o meu anjinho da guarda comigo em cada curva da estrada”, escreveu o ciclista da EF Education-EasyPost numa publicação na rede social Instagram.
Campeão mundial de fundo em elites em 2013, o poveiro, de 39 anos, é um dos melhores ciclistas portugueses de sempre, contando no currículo com 33 triunfos, três dos quais em etapas do Tour. Vencedor de uma etapa na Vuelta2023, conquistou também três edições da Volta à Suíça e vários títulos de campeão nacional de estrada.
Confederação do Desporto e federação destacam legado do ciclista Rui Costa
A Confederação do Desporto de Portugal saudou a “carreira exemplar e inspiradora” de Rui Costa, que hoje anunciou a retirada do ciclismo, com a federação da modalidade a falar de um “legado que jamais será esquecido”.
“Rui Costa distinguiu-se como um ciclista com inteligência e leitura de corrida notáveis, sendo um atleta muito completo e versátil, que engrandeceu a história do ciclismo e do desporto português”, enalteceu o presidente da CDP, citado em comunicado do organismo.
Na nota, que se propõe celebrar “o percurso notável de Rui Costa, que conclui hoje uma carreira exemplar e inspiradora no ciclismo português”, Daniel Monteiro destaca o facto de o campeão mundial de fundo de 2013 ter inspirado “toda uma geração de ciclistas”.
“A Confederação do Desporto de Portugal reconhece o papel histórico de Rui Costa no ciclismo nacional e agradece-lhe as alegrias proporcionadas e os valores que personificou, desejando-lhe sucesso nos desafios futuros”, conclui o comunicado.
Único ciclista português campeão mundial de fundo, o poveiro, que conta com 33 triunfos no currículo, anunciou hoje a sua retirada aos 39 anos, assumindo-se “abençoado” por ter vivido um sonho que o levou a vencer três etapas na Volta a França.
“Hoje, o ciclismo português presta homenagem a um dos maiores nomes da sua história. Rui Costa despede-se das estradas, mas deixa um legado que jamais será esquecido — feito de conquistas, resiliência e de um amor incondicional ao ciclismo”, lê-se na página da Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC) na rede social Instagram.
Vencedor de uma etapa na Vuelta2023, Rui Costa conquistou também três edições consecutivas da Volta à Suíça (2012-2014), destacando-se ainda nas clássicas, nomeadamente no Grande Prémio de Montreal, que ganhou em 2011.
Lembrando que Costa “é unanimemente reconhecido” como um dos melhores corredores nacionais de sempre, a FPC elogia “um percurso marcado pelo talento, pela consistência e por uma dedicação exemplar ao ciclismo português”.
“O nosso sincero agradecimento por tudo o que deste ao desporto nacional. Obrigado, Rui — pela entrega, pelo exemplo e por nos fazeres sonhar. O teu legado ficará para sempre na história do ciclismo”, termina o texto.
Profissional desde 2007, com as cores do Benfica, cedo deu o salto para o WorldTour, a primeira divisão do ciclismo internacional, num percurso que hoje acaba e que o levou a representar Caisse d’Epargne, antecessora da Movistar (2009-2013), Lampre-Merida (2014-2016), UAE Emirates (2017-2022), Intermarché-Circus-Wanty (2023) e EF Education-EasyPost nas últimas duas temporadas.
Três vezes olímpico – esteve em Londres2012, Rio2016 e Paris2024 -, foi três vezes campeão nacional de fundo (2015, 2020 e 2024) e outras duas de contrarrelógio (2010 e 2013).
“Rui Costa, uma das referências do Desporto nacional, anunciou o final da sua carreira desportiva. Obrigado, Rui”, escreveu o Comité Olímpico de Portugal nas suas contas nas redes sociais.
Participou ainda em 18 grandes Voltas, tendo-se destacado no Tour, onde foi 18.º em 2012.
Com Agência Lusa.