
A questão da comunidade brasileira foi assunto de conversa entre o primeiro-ministro português e o presidente brasileiro na Cimeira do Clima de Belém.
Questionado sobre as alterações da Lei da Nacionalidade, o primeiro-ministro português assegurou que o presidente do Brasil não se mostrou incomodado, relativamente aos cidadãos brasileiros em Portugal.
« O contexto não foi de incómodo, foi de esclarecimento », respondeu aos jornalistas, adiantando que « a forma como algumas notícias aparecem – e como alguns agentes políticos também falam sobre determinados temas – provoca dúvida ».
Durante a conversa entre os dois responsáveis, o primeiro-ministro lembrou a Lula da Silva, que, apesar das mudanças da lei da nacionalidade, está previsto « para os países que falam português que a exigência sejam sete anos de residência em Portugal ».
Segundo o primeiro-ministro português, a exigência vai « passar de cinco para sete anos, ao contrário daquilo que acontece com a generalidade dos países » a quem se irá « exigir 10 anos de residência ».
« A comunidade brasileira tem, neste momento, uma importância muito significativa na economia portuguesa. Está muito bem integrada. Não há nenhum problema com a comunidade brasileira, de uma forma geral ».
« Temos neste momento uma excelente relação entre os governos de Portugal e do Brasil. E temos também um acompanhamento muito próximo das nossas comunidades »
O primeiro-ministro considerou que será necessário « deixar uma palavra de maior tranquilização » aos nacionais brasileiros que « possam estar interessados em construir projetos de vida em Portugal ».