
Portugal conquistou hoje o título mundial de futebol de sub-17, pela primeira vez, ao vencer a Áustria, por 1-0, em Doha, na final do Campeonato do Mundo.
Um golo de Anísio Cabral, ainda na primeira parte, aos 32 minutos, decidiu o encontro a favor da equipa das ‘quinas’.
Atual campeã europeia, a seleção portuguesa já tinha assegurado a melhor participação de sempre na competição, superando o terceiro lugar de 1989, então disputado no escalão de sub-16, com o atual selecionador Bino Maçães no elenco luso.
Portugal chegou à final à quarta presença, em 20 edições, depois do terceiro lugar em 1989, na Escócia, e de ter sido eliminado nos quartos de final em 1995, no Equador, e 2003, na Finlândia.
No percurso para o jogo decisivo, a seleção lusa eliminou o Brasil nas meias-finais, no desempate por grandes penalidades (6-5, após empate 0-0), depois de ter afastado a Suíça (2-0), nos ‘quartos’, o México (5-0), nos ‘oitavos’, a Bélgica (2-1), nos 16 avos de final, e de ter terminado no segundo lugar do Grupo B, atrás do Japão (derrota por 2-1) e à frente de Marrocos e Nova Caledónia, que goleou por 6-0 e 6-1, respetivamente.
A equipa das ‘quinas’ tornou-se na 11.ª seleção campeã mundial no escalão, a sétima com um título, ao suceder à Alemanha, campeã em 2023, no historial, que continua a ser dominado pela Nigéria (1985, 1993, 2007, 2013 e 2015), com mais um cetro do que o Brasil (1997, 1999, 2003 e 2019).
Este é o terceiro título de campeão do mundo conquistado por Portugal, depois dos triunfos nos Mundiais de sub-20, em 1989, na Arábia Saudita, e 1991, em Portugal, em ambos os casos sob a orientação de Carlos Queiroz.
Apesar da derrota, a Áustria protagonizou a sua melhor campanha de sempre, depois de nas duas presenças anteriores, em 1997, no Egito, e em 2013, nos Emirados Árabes Unidos, não ter superado a fase de grupos, nem vencido qualquer dos seis jogos.
Médio ofensivo do FC Porto Mateus Mide eleito o melhor do torneio
O médio do FC Porto Mateus Mide, autor de quatro golos e duas assistências, recebeu das mãos do espanhol Xavi Hernández o troféu de melhor jogador do torneio.
No ‘pódio’, Mide, de 17 anos, contou ainda com o austríaco Johannes Moser, melhor marcador da prova, no segundo lugar e com o defesa Mauro Furtado, do Benfica, eleito melhor jogador da final, em terceiro.
Nos oito jogos que disputou, o médio ofensivo dos ‘dragões’ marcou à Suíça, ‘bisou’ frente a Marrocos e ‘faturou’ ainda com a Nova Caledónia.
A bola de prata, atribuída ao segundo melhor marcador do torneio, foi para Anísio Cabral, avançado do Benfica que marcou o único golo da final, o seu sétimo na competição, e que apenas foi superado, na lista de melhores marcadores, por Johannes Moser, com oito.
Romário Cunha, do Sporting de Braga, venceu o troféu de melhor guarda-redes do Mundial de sub-17, categoria na qual Portugal já tinha sido campeão da Europa.
Com Agência Lusa.