
O Secretário Geral da CGTP estima que a greve está a ter um impacto forte no país, incluindo no sector privado. Depois de o Governo ter falado numa greve « inexpressiva » Tiago Oliveira estima uma adesão acima de 3 milhões de trabalhadores.
Para o sindicalista este é um sinal de uma « força inequívoca pela exigência de mais salários e mais direitos. Hoje temos uma grande, grande, grande greve », rematou.
A CGTP já tinha feito um balanço esta manhã onde destacou o encerramento de vários serviços, que abrangem autarquias, escolas, serviços de saúde e empresas.
Esta manhã o secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira sublinhou que esta greve « é um verdadeiro sucesso, uma verdadeira resposta dos trabalhadores a esta agressão do governo para com o mundo do trabalho ».
No aeroporto de Lisboa o líder da CGTP apelou novamente ao governo de Luís Montenegro para « retirar o pacote laboral » de cima da mesa.
« A adesão nos aeroportos em Lisboa, no Porto, em Faro e nas ilhas, é de 90 por cento, o que representa uma verdadeira resposta ao ataque do Governo. »
A poucos metros de distância à porta do aeroporto de Lisboa Mário Mourão, o líder da UGT diz que « a greve está a ter resultados muito positivos, acima daquilo que era a expectativa que nós tínhamos. Espero que o governo esteja atento a estes sinais ».
Mário Mourão lembrou que a UGT esteve sentada à mesa desde o verão e « quando as coisas não funcionam » a greve era o único caminho.
« Há sectores que estão acima dos 90 por cento de adesão à greve » e isso deve ser um aviso, sublinha.
A greve geral de 11 de dezembro foi convocada pela CGTP e pela UGT contra a proposta de revisão do Código do Trabalho e será a primeira paralisação conjunta das duas centrais desde junho de 2013, quando Portugal estava sob intervenção da ‘troika’.
UGT. « A greve é o começo de uma nova negociação ou o começo de uma longa luta »
O Secretário Geral da UGT fez um balanço muito positivo da greve geral e deixa um aviso ao Governo: « pode torcer números, não pode é torcer a realidade ».
Mário Mourão começou a conferência de imprensa a dar apenas alguns exemplos do que se passou durante o dia de hoje: uma adesão de 80% na Carris, 100% no Metro e CP, e 70% nos TST.
O líder da UGT salienta que o « Governo pode torcer números, não pode é torcer a realidade » lembrando que durante o dia estiveram fechados por todo o país tribunais,escolas, serviços públicos, balcões bancários.
« Aquilo que esperamos é que o Governo respeite o que a sociedade lhe está a dizer ».
Mário Mourão adianta que « os votos saídos das eleições e que não votaram nesta reforma não o legitima para tudo, quem trabalha em Portugal não querem este anteprojeto. Os milhões que abdicaram do seu salário não querem este anteprojeto e não podem ser desvalorizados e desrespeitados pelo Governo ».
Para a UGT esta greve é « o começo de uma nova negociação ou o começo de uma longa luta provocada por uma proposta que já hoje está a trazer conflito social no seio das empresas ».
Mário Mourão entende que « a greve geral está a ser uma resposta firme e inequívoca » e que agora « cabe ao Governo saber interpretar sinais de quem vive do seu trabalho e que rumo quer dar às pessoas e ao país ».
Reportagem RTP.