De ícone do cinema a símbolo da extrema-direita: o retrato contrastado de Brigitte Bardot na imprensa

Captura de ecrã do site do New York Times. O artigo do New York Times publicado após a morte de Brigitte Bardot.

O jornal americano New York Times, tal como grande parte da imprensa, traça um retrato contrastado da atriz, “musa” do cinema mas também da extrema-direita. Uma “ícone” longe de ser “consensual”.

No dia seguinte à morte de Brigitte Bardot, a imprensa francesa e internacional dedicou artigos, e por vezes a manchete, à atriz. Se os jornais destacam a marca deixada pela francesa no cinema ou a sua luta em favor da causa animal, sublinham também os seus compromissos políticos muito controversos.

Já no domingo, o New York Times deu o tom com um título inequívoco: “Do sex-appeal à extrema-direita, Brigitte Bardot simboliza uma França em plena mutação”, lembrando aos leitores que “B.B., como era chamada, não era uma figura consensual” e que pode mesmo ser considerada “a primeira estrela problemática da era moderna”.

Para o jornal espanhol El País, Brigitte Bardot foi a “musa da extrema-direita”, enquanto o londrino The Guardian fala de uma estrela com posições “controversas”. A atriz é assim apresentada pela imprensa internacional e francesa como uma figura mediática ambígua.

A antiga atriz destacou-se pela simpatia aberta pelo clã de Jean-Marie Le Pen e pelas suas declarações islamofóbicas e racistas – que lhe valeram cinco condenações.

Rádio Alfa

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