Cristiano Ronaldo resolve o grande sofrimento luso com Marrocos

Cristiano Ronaldo (L) of Portugal in action against Benatia (C) of Morocco during the FIFA World Cup 2018 group B preliminary round soccer match between Portugal and Morocco at the Luzhniki Stadium, in Moscow, Russia, 20 June 2018. PAULO NOVAIS/LUSA

O quarto golo de Cristiano Ronaldo no Mundial2018 de futebol valeu hoje um muito sofrido triunfo por 1-0 sobre Marrocos, num desafio em que o campeão da Europa foi dominado, mas deu um passo importantíssimo rumo aos ‘oitavos’.

 

Depois do ‘hat-trick’ no empate 3-3 com a Espanha, Cristiano Ronaldo voltou a faturar, logo aos quatro minutos, e foi decisivo numa exibição muito descolorida do conjunto das ‘quinas’, que bem pode celebrar o desacerto contrário na finalização, sobretudo na segunda parte, num jogo em que chegou a ser ‘asfixiado’.

O estatuto antecipava um claro favorito, porém, no relvado, foi a capacidade de sofrimento que ajudou a conquistar os três pontos, lisonjeiros, perante um adversário superior em praticamente todos os dados estatísticos, menos na eficácia.

A má circulação de bola, com muitos passes errados, fez Portugal correr quase sempre atrás da bola, numa solidariedade desgastante que ditou perda de discernimento frente ao 41.º do ranking da FIFA, que foi ‘senhor’ da bola.

Ronaldo marcou na primeira oportunidade, na sequência de um canto na direita: ao primeiro poste, Pepe foi ‘entalado’ pelos dois contrários, que arrastou, e o capitão surgiu na zona central a fugir à marcação de Manuel da Costa, cabeceando fulgurante na pequena área, em resposta a cruzamento de João Moutinho.

O segundo podia ter surgido após cinco minutos, mas o capitão, à meia-volta, atirou cruzado e rasteiro, errando o alvo por muito pouco.

Sem margem de manobra, Marrocos ‘pegou’ no jogo, disputando cada lance como se fosse decisivo, não permitindo a Portugal construir nem servir a frente de ataque.

O conjunto norte-africano ficou a reclamar dois penáltis – e ausência da consulta do videoárbitro -, o primeiro com agarrões mútuos entre o irrequieto Amrabat e Raphael Guerreiro e depois Boutaib a queixar-se de falta pelas costas de José Fonte.

Aos 39 minutos, numa das poucas incursões na área contraria, Cristiano Ronaldo isolou Gonçalo Guedes, mas o avançado não conseguiu bater Monir el Kajoui, no remate e na recarga.

José Fonte (48 minutos), de cabeça após canto, e Gonçalo Guedes e Ronaldo (51), com remates falhados no mesmo lance, ameaçaram um maior pendor ofensivo luso, mas a verdade é que Marrocos foi quem aumentou a pressão e conseguiu um jogo de sentido único, com vários momentos de aflição.

Rui Patrício (57 minutos) garantiu a manutenção da vantagem com uma defesa ‘impossível’, em desvio de cabeça de Belhanda, mas, depois, valeu aos pupilos de Fernando Santos um conjunto de remates desacertados, que ditaram a má sorte dos ‘leões do Atlas’.

Alfa/LUSA

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