A chegada da quarta etapa às Penhas da Saúde será a grande novidade da 80ª edição da Volta a Portugal em bicicleta, que pelo terceiro ano consecutivo não terá uma chegada à Torre.
A etapa rainha, disputada ao quinto dia da prova, que se disputa de 01 a 12 de agosto, num total de 1.578,9 quilómetros, vai surgir ainda cedo, mas poderá marcar diferenças entre os principais candidatos.
Em 05 de agosto, os ciclistas terão de percorrer 171,4 quilómetros, entre a Guarda e as Penhas da Saúde, também em plena Serra da Estrela, uma contagem de categoria especial, já depois de terem passado pela Torre, o ponto mais alto de Portugal continental, também da máxima dificuldade.
Além desta chegada às Penhas da Saúde, que já não acontecia há 22 anos, as grandes decisões da 80.ª edição da ‘grandíssima’ devem ficar guardadas para os dois últimos dias.
A nona e penúltima etapa vai trazer a sempre aguardada chegada à Senhora da Graça, em Mondim de Bastos, 155,2 quilómetros depois da partida de Felgueiras.
Antes da chegada ao Monte Farinha, os ciclistas terão de passar outras duas contagens de primeira categoria, em Alto da Barra e Barreiro.
Em 12 de agosto, o sucessor do espanhol Raul Alarcón (W52-FC Porto) subirá ao pódio final em Fafe, após um contrarrelógio de 17,3 quilómetros, menor do que o de 2017 (20,1).
A 80.ª edição da Volta a Portugal vai começar em 01 de agosto, com um prólogo de 1,8 quilómetros na Avenida Luísa Todi, em Setúbal, que substitui Lisboa, que desde 2008 não ficava fora do mapa da prova.
A primeira etapa em linha marca o regresso do Algarve à Volta a Portugal, com uma ligação entre Alcácer do Sal e Albufeira, numa oportunidade para os ‘sprinters’, após 191,8 quilómetros.
Depois de o Alentejo litoral dar a partida para a primeira etapa, será o Alentejo interior a marcar a segunda tirada, a maior da 80.ª edição, com 195,8 quilómetros, entre Beja e Portalegre, que se prevê muito quente em pleno verão.
A zona afetada pelos grandes incêndios de 2017 será homenageada na terceira etapa, com os 175,9 quilómetros entre a Sertã e Oliveira do Hospital a deverem ser observados no local pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.
Já após a passagem pela Serra da Estrela, o pelotão, com certeza já mais reduzido do que na partida, cumprirá a quinta etapa, última antes do dia de descanso – este ano uma etapa mais cedo -, entre o Sabugal e Viseu, nuns 191,7 quilómetros muito acidentados.
O descanso em Viseu será importante para os ciclistas atacarem a segunda metade da Volta a Portugal, que começa com a única estreia da 80.ª edição.
Sernancelhe receberá pela primeira vez um início de uma etapa, que vai ligar aquela vila do distrito de Viseu à transmontana Boticas, num total de 165,4 quilómetros, de constante sobe e desce, com uma contagem de primeira categoria a menos de 20 quilómetros da meta.
A segunda chegada em alto acontece à sétima etapa, na chegada ao Santuário de Santa Luzia, em Viana do Castelo, uma contagem de terceira categoria, colocada 165,5 quilómetros após a partida de Montalegre.
Antes das duas etapas finais haverá uma etapa de transição, a mais curta em linha (147,6 quilómetros), entre Barcelos e Braga (quilómetros), mas com duas passagens pelo Sameiro já nos quilómetros finais a poderem surpreender.
Entre as equipas inscritas, há cinco do escalão continental profissional, as espanholas Caja Rural, de Rafael Reis e Joaquim Silva, Burgos-BH, de José Mendes, e Euskadi-Murias, a Israel Cycling Academy e a belga WB Aqua Protect Veranclassic, que deixou boas indicações na Volta ao Alentejo.
As três equipas espanholas poderão apresentar segundas linhas, porque na mesma altura se disputa a Volta a Burgos.
No total serão 21 equipas, entre as quais as nove continentais portuguesas e outras sete estrangeiras do mesmo escalão.
Alfa/Lusa.