A morte de um português de 30 anos enquanto estava sob custódia policial em Manchester no sábado está a ser investigada pelas autoridades britânicas, confirmou hoje a Agência Independente para a Conduta da Polícia (IOPC).
Até agora, as autoridades reuniram vídeos capturados pelas câmaras usadas pelos agentes da polícia, imagens de videovigilância, filmagens feitas por uma testemunha num telemóvel e testemunhos recolhidos junto dos residentes.
O homem foi formalmente identificado como André Moura, residente na região de Manchester, no norte de Inglaterra, nos últimos cinco anos, que tinha sido detido na sexta-feira 06 de julho por volta das 23:30 horas em Oldham, na sequência de um « incidente doméstico ».
A polícia da Grande Manchester alega que na origem da detenção esteve a « conduta desordeira » do português, o qual teve de ser controlado com o recurso a gás pimenta quando já estava no exterior da sua residência.
André Moura foi então colocado numa carrinha da polícia para ser transportado para a esquadra de Ashton-under-Lyne, mas quando chegou os agentes constataram que o português estava inanimado.
Apesar de ter sido chamada uma ambulância que o transportou para o Hospital Tameside, foi dado como morto por volta das 01:30 horas de sábado 07 de julho.
Uma primeira autópsia não encontrou as razões da morte, pelo que serão feitos mais testes, incluindo toxicológicos.
A diretora regional da IOPC, Amanda Rowe, apresentou as « sinceras condolências » à família, nomeadamente à companheira, e afirmou que as averiguações feitas até agora « ajudam a construir uma imagem do que aconteceu no final da noite de sexta-feira », porém apelou ao contacto de mais testemunhas e de pessoas que tenham feito imagens do incidente.