Afinal, Jorge Mendes recebeu €9,5 milhões pela transferência de Mbappé. Mas o que terá feito nesse negócio? O português recebeu 5% da transferência do francês Kylian Mbappé do Mónaco para o Paris Saint Germain, a segunda mais cara de sempre da história do futebol. Documentos sobre o negócio analisados pelo Mediapart e pelo Expresso no âmbito dos Football Leaks mostram que houve contratos iniciais alterados e assinados a posteriori.
Alfa/Expresso
Oficialmente, Kylian Mbappé não tem qualquer agente. Nunca teve. O jovem futebolista francês é representado pelos seus pais, com o apoio da advogada Delphine Verheyden. Em 2017, o Mónaco negociou diretamente com o Paris Saint-Germain (PSG) a ida do jogador para o clube de Paris, por 180 milhões de euros. Na noite de 30 de agosto de 2017, na versão do acordo de transferência que havia àquela hora, o PSG e o Mónaco declararam “que nenhum agente desportivo (…) participou da negociação do contrato”.
Mas afinal houve intermediários no negócio logo no dia seguinte, 31 de agosto, data da assinatura do acordo. Daniel Bique, diretor jurídico do Mónaco, alterou o contrato de transferência, para acrescentar os nomes de dois agentes: o italiano Roberto Calenda e o superagente português Jorge Mendes.
Documentos do Football Leaks analisados pelo Mediapart e pelo Expresso, depois de partilhados pela revista alemã “Der Spiegel” com o consórcio EIC (European Investigative Collaborations), revelam que Jorge Mendes recebeu uma comissão de 5% pela transferência, a segunda maior de sempre no mundo do futebol (a seguir à de Neymar, por 222 milhões de euros, também para o PSG), algo que não era até este momento do conhecimento público.
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