Macron diz que fará « o máximo » para evitar escalada militar entre Irão e EUA

Presidente Macron diz que fará « o máximo » para evitar escalada militar entre Irão e EUA

Macron diz que fará o máximo para evitar escalada militar entre Irão e EUA

Alfa/Lusa

O Presidente francês, Emmanuel Macron, prometeu hoje em Tóquio, no Japão, que fará « o máximo » nos próximos dias para « evitar uma escalada militar » entre o Irão e os Estados Unidos.

« Faremos o máximo » para que « ninguém cometa o irreparável », realçou Macron à imprensa no segundo dia da sua visita ao Japão.

« É essencial hoje que todos os intervenientes diminuam a tensão », acrescentou.

O chefe de Estado francês indicou que vai falar sobre o assunto na sexta-feira, na cimeira do G20 em Osaka, com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para « fazer tudo para evitar uma escalada de tipo militar ».

Na quarta-feira, Donald Trump garantiu que os Estados Unidos terão uma posição de força em caso de conflito com o Irão e que se houver guerra será de curta duração e sem necessidade de enviar tropas para aquele território.

« Não há guerra curta. Quando há um início de guerra, sabemos quando começa raramente sabemos quando termina », alertou Macron.

Para o Presidente francês também é necessário « manter a pressão » sobre o Irão, em particular dos países europeus que assinaram o acordo nuclear iraniano concluído em Viena, Áustria, em 2015.

« Falei com o Presidente (iraniano Hassan) Rohani (ao telefone na terça-feira) para dizer que qualquer saída do acordo nuclear seria um erro e qualquer sinal nesse sentido seria um erro », afirmou Macron.

« O risco é que o Irão saia do acordo. E, assim, que a comunidade internacional deixe de poder acompanhar as atividades de enriquecimento », salientou.

O chefe de Estado francês disse ainda que, segundo informações disponíveis para as autoridades francesas, o ‘drone’ [aparelho aéreo não-tripulado] norte-americano abatido em 20 de junho pelo Irão « estava na zona internacional » e não em território iraniano, como diz Teerão.

Já o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolaï Patrouchev, referiu na terça-feira que o avião não-tripulado dos EUA foi abatido no espaço aéreo iraniano e não no espaço aéreo internacional, como assegura Washington.

« Tenho informações do Ministério da Defesa russo de que esse ‘drone’ estava no espaço aéreo iraniano », afirmou Patrushev, citado por agências de notícias russas. « Não vimos provas em contrário », frisou.

Emmanuel Macron reiterou que Paris partilha o mesmo « objetivo estratégico » com os Estados Unidos, isto é, « o facto de que o Irão não pode prover de armas nucleares ».

As relações entre Washington e Teerão têm estado muito tensas desde o ano passado, quando Trump decidiu retirar unilateralmente os Estados Unidos do acordo sobre o nuclear e restabelecer sanções ao Irão.

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