Portugueses que estavam retidos em gruta espanhola já foram resgatados

FEVEREIRO 2006 - FOTOS PARA A REVISTA, RUBRICA A VIDA COMO NUM FILME - PAULO RODIGUES, DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE ESPELEOLOGIA. GRUTA ALGAR DA LOMBA, PEDRO ROBALO. FOTO: JOAO MACHADO

Portugueses que estavam retidos em gruta espanhola já foram resgatados. Os quatro homens que se encontravam dentro de uma gruta em Espanha desde o fim de semana já foram resgatados. “Estamos bem”, garantiu um dos homens à saída

Helena Bento

Alfa/Expresso

Os quatro espeleólogos portugueses que estavam retidos nas grutas da Cueto-Coventosa, na região da Cantábria, no norte de Espanha, já foram resgatados. “Foram encontrados, estão bem”, confirma ao Expresso Sérgio Barbosa, da Federação Portuguesa de Espeleologia, organismo a que pertence o Clube de Montanhismo Alto Relevo de Valongo (do qual fazem parte os quatro homens).

“A nossa única preocupação era a preocupação que estávamos a causar aos nossos amigos e familiares em Portugal. Sabíamos que estamos bem e não os podíamos avisar. Estamos bem a nível físico e emocional”, garantia um dos portugueses à saída gruta em declarações à SIC. “Estou contente porque daqui a pouco vou poder ligar aos meus pais e dizer-lhes que estou bem.”

O espeleólogo garantiu que o grupo tinha reservas suficientes para “aguentar mais tempo” e que estavam preparados para as temperaturas que encontraram.

No total participavam na expedição sete espeleólogos. Quanto entraram na gruta e os restantes três ficaram do lado de fora, funcionando como equipa de apoio, tendo sido estes que alertaram para o desaparecimento. Os quatro entraram pela gruta de Cueto (no topo da montanha) no sábado por volta das 12h (mais uma hora em Portugal continental) e era esperado que, na pior das hipóteses, a expedição estivesse terminada por volta da mesma hora de domingo e saíssem pela base da montanha, na gruta de Coventosa.

“É expectável que esta descida demore cerca de 20 horas, embora se admita que em casos de espeleólogos muito experientes possa demorar cerca de 16 horas”, diz Sérgio Barbosa. “Estas são grutas relativamente conhecidas e, tal como a maioria das grutas, importantes por serem fontes de água. Habitualmente quem faz esta expedição entra pelo Cueto e desce até à Coventosa, por onde sai. São cerca de 600 metros.”

A equipa portuguesa de espeleologia tinha programado a viagem à gruta para entre sexta-feira e segunda-feira. Integram a equipa de socorro a ESOCAN (Fundación Espeleosocorro Cántabro), os técnicos da Direção Geral do Interior do governo da Cantábria, agentes da Guarda Civil e voluntários da Associação de Proteção Civil de Arredondo.

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