A quarentena imposta ao Norte de Itália devido à epidemia do Covid-19 vai ser estendida ao resto do país, a partir desta terça-feira, como medida para conter a propagação do surto, anunciou na segunda-feira o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte.
De acordo com Giuseppe Conte, citado pela agência Associated Press, os cidadãos terão de comprovar a imprescindibilidade do seu trabalho para continuarem a exercer a atividade, o estado de saúde e outras razões que justifiquem a necessidade de viajar para fora da área de residência.
As restrições, que entram em vigor na terça-feira (10 de março), vão manter-se até 03 de abril, assegurou o chefe do Governo.
“Não haverá apenas uma zona vermelha. Haverá Itália”, disse Giuseppe Conte aos jornalistas.
A medida vai afetar os 60 milhões de habitantes do país.
O decreto aprovado pelo executivo italiano também prolonga o encerramento das escolas em todo o país até 03 de abril.
As mortes em Itália devido à epidemia do novo coronavírus subiram segunda-feira para 463, um aumento de 97 óbitos relativamente a domingo, referiam os últimos dados divulgados pelo chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli.
Os casos positivos ascendem aos 7.985, com 724 pessoas que se curaram, com o total de todos os contágios desde o início da crise a atingir 9.172 pessoas.
A grande maioria dos casos de contágio e de mortos concentra-se na região da Lombardia, onde se registaram 333 mortes, seguida da região de Emília-Romanha, com 70 óbitos e 1.386 casos positivos. No Veneto foram contabilizados 20 óbitos e 744 contágios.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro e desde então foram infetadas mais de 110 mil pessoas, mas a maioria já recuperou. A doença provocou até ao momento cerca de 3.800 mortos.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, estando neste momento cerca de 16 milhões de pessoas em quarentena no Norte do país.
Alfa/Lusa