Com o país todo de máscaras e sob medidas drásticas contra o Covid-19, por que é que, mesmo com o PM António Costa a torcer o nariz, os três ou quatro principais clubes portugueses fizeram uma força desmedida para que se jogassem os jogos de futebol que faltavam realizar nesta época na I Liga de Futebol?
E por que razão parece ceder o PM quando os portugueses entram a conta gotas nos mercados, supermercados e nos transportes e são proíbidas reuniões de mais de 10 pessoas?
Calculando pelo mínimo, mesmo com estádios sem público, em cada jogo só jogadores em campo são 22. Fora o resto, suplentes e os árbitros, delegados, treinadores e massagistas, roupeiros, arrumadores e empregados de limpeza – e etc. Inacreditável!
Citando, por alto, alguém que li algures: o discurso político é todo ele dirigido para a prioridade sanitária e para o isolamento social mas, depois, lá vêm as exceçõezinhas da praxe.
Os chamados grandes clubes não poderiam esperar que o estado de emergência ou, agora, de calamidade, fosse levantado, por uma questão de consciência e até de solidariedade coletiva para com os portugueses?
A Liga Portuguesa de Futebol não deveria por exemplo ter seguido o exemplo de outras Ligas europeias e acabar com esta brincadeira do futebol em tempo de grave pandemia?
Por Daniel Ribeiro