O português João Almeida (Deceuninck-QuickStep) suportou hoje o que apelidou de “festival de sofrimento” na 15ª etapa para segurar a liderança da geral da Volta a Itália em bicicleta, prometendo « defender a camisola rosa » até onde puder.
Aos jornalistas, Almeida explicou que este foi « um festival de sofrimento até ao final » e que já esperava « que alguém atacasse », acabando por ser o segundo à geral, o holandês Wilco Kelderman (Sunweb), que esteve « super forte ».
A esta foi conquistada pelo britânico Tao Geoghegan Hart (INEOS), de 25 anos, que cumpriu os 185 quilómetros entre a base aérea de Rivolto e Piancavallo em 4:58.52 horas, dois segundos à frente de Kelderman, que foi segundo classificado, e quatro do australiano Jai Hindley (Sunweb), terceiro.
Almeida, quarto colocado, a 37 segundos, perdeu 35 segundos para Kelderman, que ainda bonificou pelo segundo lugar, mas manteve a camisola rosa, com 15 segundos de vantagem para o holandês, com Hindley no terceiro lugar, a 2.56 minutos, e grande parte dos restantes favoritos agora mais distantes do português.
Daqui para a frente, diz, o objetivo « é o mesmo ». « Vou continuar a defender a camisola e vamos ver quão longe posso ir. Sem a equipa, isto não seria possível. São menos de 20 segundos [de margem], mas vou defender-me », atirou.
Mesmo perante um objetivo « quase impossível, muito difícil » de vencer o Giro na estreia em grandes Voltas, e aos 22 anos, « segurar a rosa » um número recorde de dias, 13, para um sub-23 é « muito especial ».
No « dia mais duro até aqui », acabou por fazer sozinho grande parte da subida final até à meta em Piancavallo, porque « não sobrou mais ninguém », mas agradeceu ainda à equipa, sem quem « isto não seria possível », mesmo que se tenha mesmo isolado nos quilómetros finais.
« Retirei o auricular [do rádio] porque estava tão concentrado em dar o meu melhor. Estava mesmo a fazer tudo o que podia para segurar a camisola rosa », explicou.
Está « muito feliz » de seguir com a ‘maglia rosa’ e garantiu que o segundo dia de descanso, na segunda-feira, vai ajudar a defender a liderança nos próximos dias, depois de hoje « Kelderman ter sido super », mas « não se pode ser super todos os dias ».
« Vamos tentar noutro dia », assegurou.
Na segunda-feira, cumpre-se o segundo e último dia de descanso, antes de uma derradeira semana de prova, com seis etapas, marcada pela alta montanha, antes do contrarrelógio da 21.ª etapa, em Milão.
Com Agência Lusa.