Óbito/Carlos do Carmo: Cerimónias fúnebres realizam-se hoje, segunda-feira, em Lisboa, em dia de luto nacional pela morte da figura histórica do Fado e da cultura portuguesa.
Um dia, Carlos do Carmo disse à agência Lusa ter sido sempre « recebido como um rei » pelas comunidades emigrantes:
« O fadista nunca realçou nenhuma das grandes salas onde atuou. Preferiu, sim, salientar as comunidades emigrantes portuguesas onde foi sempre « recebido como um rei », contou à Lusa ».
Na nossa Rádio Alfa foi sempre recebido com uma estima excecional e genuína:
« O fadista, de 81 anos, tinha muitos amigos na Rádio Alfa, designadamente era grande amigo pessoal do comendador Armando Lopes, presidente da nossa rádio. Apresentou-se e atuou aliás diversas vezes nas nossas instalações e na nossa festa.
Toda a nossa Rádio fica de luto com esta inesperada notícia e apresenta as mais sentidas condolências à família e amigos. Foi ele que inaugurou a nossa sala Vasco da Gama, onde também atuou, claro.
O desaparecimento de Carlos do Carmo é uma perda enorme para a cultura portuguesa. Foi um fadista de grande dimensão, uma grande figura da cultura portuguesa e um homem ímpar.
O fadista, que nasceu em 1939 e eternizou canções como “Lisboa, menina e moça”, “Um homem na cidade”, “Os putos”, entre muitas outras, tinha feito 81 anos no dia 21 de dezembro.
É sem dúvida alguma uma figura histórica do Fado e da cultura portuguesa que desaparece.
Era um homem encantador e excecional, até na forma como se empenhou na vida e nas causas públicas. »
Na primeira foto: Carlos do Carmo perto das intalações da Rádio Alfa, numa rotunda de Créteil, nos arredores de Paris, que, em junho de 2016, passou a ter o nome do comendador português Armando Lopes, seu amigo pessoal e presidente da Rádio Alfa. Cerimónia presenciada por diversas personalidades (segunda foto). Na terceira foto, Carlos do Carmo a atuar na Sala Vasco da Gama da qual foi o padrinho e que inaugurou:
Nesta foto de José Lopes, o fadista a atuar na Sala Vasco da Gama, que foi inaugurada por ele: