Presidenciais. Recenseamento automático de emigrantes faz subir abstenção em seis pontos
Em 2016, eram 228.822 os eleitores inscritos no estrangeiro, nestas eleições o número subiu para 1.476.543. O recenseamento automático dos portugueses no estrangeiro fez subir a abstenção 5,96 pontos percentuais nas presidenciais de domingo, para 60,5%, segundo os resultados provisórios das eleições.
No território nacional, continente e ilhas, a abstenção é de 54,55%, mas quando são considerados os resultados globais, já com os votos no estrangeiro, esse valor sobe até 60,5%.
Olhando apenas aos resultados no estrangeiro, a abstenção é muito elevada: 98,13%. Ou seja, dos 1.476.543 inscritos, apenas votaram 27.615 eleitores. Em França a abstenção foi superior a 99%.
Cerca de 10 milhões de eleitores, mais 1,2 milhões do que em 2016, foram chamados no domingo a escolher entre os sete candidatos a Presidente da República.
Nesta eleição houve um aumento do número de eleitores, em grande medida devido ao recenseamento eleitoral automático dos emigrantes com cartão de cidadão válido, que decorre de uma mudança à lei, feita em 2018.
Em 2016, eram 228.822 os eleitores inscritos no estrangeiro e este ano esse número subiu para 1.476.543 nestas eleições.
Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito Presidente da República nas eleições de domingo, com 60,70% dos votos, segundo os resultados provisórios apurados em todas as 3.092 freguesias e faltavam os resultados de três consulados.
Ana Gomes foi a segunda candidata mais votada, com 12,97%, seguindo-se André Ventura com 11,90%, João Ferreira com 4,32%, Marisa Matias com 3,95%, Tiago Mayan Gonçalves com 3,22% e Vitorino Silva com 2,94%.
A abstenção foi de 60,5%, a percentagem mais elevada de sempre em eleições para o Presidente da República.
Depois dos resultados – e durante a campanha – o Presidente Marcelo, reeleito, prometeu colocar na agenda política a revisão da lei eleitoral e a abertura ao voto por correspondência em todas as eleições portuguesas.