O ciclista João Almeida admitiu hoje sonhar com uma medalha em Tóquio2020, assumindo que pelo menos o diploma olímpico espera trazer na estreia em Jogos Olímpicos.
« Para mim, a presença é já uma grande vitória. Mas, tudo o que vier é bem-vindo. Obviamente, trazer uma medalha para casa de uns Jogos Olímpicos será um sonho tornado realidade », disse João Almeida, 22 anos, na cerimónia de homenagem que o município de Caldas da Rainha promoveu para homenagear o ciclista e o triatleta João Pereira, ambos naturais do concelho, na véspera de viajarem para o Japão.
Almeida garantiu estar « muito satisfeito » com a preparação feita: « Tenho tudo para me sentir bem e para correr bem. Espero trazer um diploma. Sei que os adversários são fortes, mas fiz uma boa preparação, a melhor que consegui, e acho que estou preparado para dar o meu melhor. »
O ciclista espera « muita dureza » nos Jogos de Tóquio, mas antecipa a participação como « uma grande experiência ».
« Já conheço o percurso dos Jogos, tanto o contrarrelógio, como o de estrada. Vão ser corridas muito duras. Vai ganhar o mais forte, mas é preciso correr com inteligência », sublinhou.
Na segunda participação olímpica, João Pereira, 33 anos, também ambiciona a medalha, depois do quinto lugar em 2016.
« Quando me comprometi a trabalhar, foi para tentar melhorar o resultado. É bastante complicado, mas fui apoiado durante quatro anos para tentar trabalhar para uma medalha. Não escondo: o sonho é trazer uma medalha », afirmou nas Caldas da Rainha.
O triatleta preparou-se bastante nos últimos meses, em concreto a pensar nas temperaturas que vai encontrar em Tóquio: « A questão da climatização vai ser importante, porque vai ser uma prova muito quente, com a temperatura da água muito quente. A minha prova começa às seis e meia da manhã e também tivemos de mudar horários a pensar nisso. As condições vão ser bastante duras, mas fizemos uma boa adaptação. »
João Pereira confia nas suas possibilidades para trazer a medalha de uma prova « muito imprevisível », para a qual « 55 atletas a alinhar à partida trabalharam todos muito durante cinco anos ».
Mas o triatleta aposta na estatística: « Entre todos os países, nas provas internacionais que vamos tendo, somos mais do que 150 mil, 200 mil atletas. Há um milhão de atletas [no mundo] que fazem triatlo e ali já só estou a lutar contra 54. Ou seja, já reduzi tantos, porque não hei de ser eu o melhor? É assim que penso. »
Com Agência Lusa.