A seleção do Egito, treinada pelo português Carlos Queiroz, garantiu esta quinta-feira presença na final da Taça das Nações Africanas (CAN), que decorre nos Camarões.
Na segunda meia-final da principal competição do futebol africano, que se decidiu apenas no desempate por penáltis, o Egito afastou a seleção anfitriã, também orientada por um português, Toni Conceição.
A equipa dos “faraós” venceu o desempate por 3-1, após uma igualdade sem golos no tempo regulamentar e no prolongamento.
Carlos Queiroz foi expulso do banco pela equipa de arbitragem durante a segunda parte.
Na final da CAN, agendada para domingo às 20h00 (hora de Paris), os egípcios vão medir forças com o Senegal que, na quarta-feira, eliminou Burkina Faso (3-1) na primeira meia-final.
Nos penáltis, Abougabal acabou por se revelar o herói da noite. O guarda-redes egípcio parou os remates de Moukoudi, Léa-Siliki e Njie – Aboubakar foi o único camaronês com sucesso da marca dos 11 metros – e viu os colegas Zizo, Abdel Monem e Lasheen acertarem no alvo.
O Egito avança, assim, para a 10ª final do CAN, prova que já venceu por sete ocasiões – é o recordista. Pela frente, terá um Senegal ainda a suspirar pela primeira conquista.
Carlos Queiroz no final do encontro ‘disparou’ em todas as direções.
«Foi claro o que árbitro entendeu ver ou não: ‘tackles’, puxões, divididas… E vem como o super-homem do jogo, mostra-me o amarelo, ameaça-me… Eu tenho 44 anos de futebol, quase 70 anos de idade… quem é esta gente que me vem gritar e ao Gomaa [Wael Gomaa, antigo internacional egípcio e agora diretor geral da seleção]. Miúdos aos gritos, como se tivéssemos começado ontem. Nós estamos a trabalhar, por que razão nos ameaçam de dedo na cara, quem dá o poder a esta gente? Esse é o ponto. Escrevam isto. Já tinham metido o meu adjunto fora [Roger de Sá foi suspenso quatro jogos na sequência dos incidentes no final da partida com Marrocos, nos quartos de final]. Escrevam: o Roger foi vítima de agressão do presidente da federação de Marrocos, há testemunhas, insultou-o no túnel e agrediu-o. E a decisão da CAF foi de 4 jogos de castigo para o Roger e nada para o presidente de Marrocos. Outra: a organização comete um erro e multa o Egito em 100 mil dólares por falhar uma conferência de imprensa. Eles só se protegem a eles. De uma vez por todas, digo, e não me importo que a imprensa egípcia corte o que digo, porque corta sempre: o Egito é fraco, o que estão a fazer é porque a CAF (Confederação Africana de Futebol) não respeita o Egito. A CAF não respeita o Egito, desde os horários à qualidade dos relvados – tivemos os piores relvados! Somos o Egito! Como é que este árbitro, depois do que fez no passado, pode estar no Campeonato Africano das Nações? Quem entende isto? Ninguém! Dediquei toda a minha vida ao futebol, não admito estar nas mãos desta gente que não está preparada. FIFA, CAF têm que entender que entregamos o trabalho da nossa vida ao futebol e não podemos estar nas mãos de pessoas que são arrogantes e fazem este tipo de trabalho», atirou.
Com SicNotícias e Jornal aBola.
Foto. CHARLY TRIBALLEAU/AFP via Getty Images