Nordahl Lelandais, acusado do homicídio da menina lusodescendente Maëlys de Araújo, em agosto de 2017, foi hoje condenado pela justiça francesa a pena perpétua, com prisão mínima de 22 anos.
A sentença está de acordo com os apelos do procurador do Ministério Público, que tinha descrito o acusado como um « perigo social absoluto ».
De pé, Nordahl Lelandais reagiu calmamente ao veredicto, tal como a família de Maëlys.
O ex-soldado estava em julgamento desde 31 de janeiro pelo rapto e assassinato de Maëlys De Araújo, de 08 anos de idade, bem como por agressões sexuais a duas primas com 04 e 06 anos de idade, no mesmo verão de 2017.
A defesa tinha pedido uma sentença de 30 anos para permitir a Nordahl Lelandais « manter uma esperança, mesmo que distante ».
Maëlys tinha desaparecido durante a noite de 26 para 27 de agosto de 2017, durante uma festa de casamento. Foram necessários seis meses e a descoberta de uma mancha de sangue na bagageira do seu carro, para Nordahl Lelandais finalmente confessar onde tinha escondido o corpo.
Pouco antes do início da deliberação, que durou cerca de sete horas, Nordahl Lelandais tinha pedido, pela última vez, desculpa à família da pequena Maëlys.
« Sei que as famílias nunca aceitarão as minhas desculpas, mas devo apresentá-las com a máxima sinceridade », disse.
Após várias versões flutuantes durante a investigação e durante o seu julgamento altamente publicitado, Lelandais admitiu todos os factos de que foi acusado, mas negou ferozmente qualquer agressão sexual à vítima.
O antigo tratador de cães está atualmente a cumprir uma pena de prisão de 20 anos pelo assassinato de um jovem soldado, em abril de 2017.
Com Agência Lusa.