Ministro do Interior turco acusou os curdos do PKK de atentado em Istambul. Uma mulher estará na origem do atentado de ontem em Istambul, na Turquia, que fez pelo menos seis mortos e 81 feridos, de acordo com o último balanço, anunciou hoje o vice-Presidente turco, Fuat Oktay.
« De acordo com as nossas conclusões, a organização terrorista PKK é responsável » pelo atentado, disse Soumeylan Soylu, anunciando a detenção de uma pessoa acusada de colocar o dispositivo explosivo no local.
O atentado foi perpetrado, no domingo, na avenida Istiklal, na zona comercial de Istambul, a maior cidade da Turquia e capital económica do país, pelas 16h20 (14h30 em Paris).
Na televisão, em direto, o Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, denunciou « o vil atentado », dizendo então que « as primeiras observações » deixavam entender que se tratava de um atentado terrorista » em que « uma mulher estaria implicada ».
O ataque ainda não foi reivindicado.
« Os autores deste vil atentado serão desmascarados. Que a nossa população esteja segura de que serão punidos », frisou.
Cinco promotores de justiça foram já designados para investigar a explosão, de acordo com a agência de notícias estatal Anadolu.
O Conselho Supremo de Rádio e Televisão, que vigia os órgãos de comunicação social na Turquia, impôs uma proibição temporária de relatos sobre a explosão, medida que impede as emissoras de exibir vídeos do momento da explosão ou das consequências.
O mesmo órgão já tinha imposto proibições semelhantes no passado, na sequência de ataques e acidentes.
Em imagens difundidas nas redes sociais, ouve-se o momento da explosão, acompanhado de chamas e desencadeando imediatamente um movimento de pânico.
Uma grande cratera negra também é visível nestas imagens, assim como vários corpos no solo, nas proximidades.
Outras imagens mostram ambulâncias, carros de bombeiros e da polícia no local.
A Turquia foi palco de uma série de atentados mortais entre 2015 e 2017 cometidos pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) e movimentos curdos.
Nesse período, a avenida Istiklal foi também palco de um ataque reivindicado pelo EI, que matou quase 500 pessoas e feriu mais de duas mil.