(foto de abertura: Ricardo Stuckert / Presidência brasileira)
A próxima visita do Presidente brasileiro a Portugal está a provocar forte polémica, acentuada pelas suas recentes posições sobre a guerra na Ucrânia, favoráveis a negociações.
Pela voz de Paulo Rangel, vice-presidente do PSD, este partido instou o Governo a demarcar-se da posição de Lula da Silva sobre a Ucrânia e a guerra provocada pela invasão russa.
O líder da Iniciativa Liberal defendeu que o Parlamento não pode receber “um aliado de Putin como Lula” no 25 de Abril, data em que ele deverá pronunciar um discurso na Assembleia da República.
O partido Chega também é veementemente contra a receção no Parlamento a Lula da Silva.
Paulo Rangel disse que o Governo deve « tomar uma posição pública e formal » demarcando-se das declarações do Presidente brasileiro de que a União Europeia, NATO e EUA estão a estimular a guerra na Ucrânia.
Já o partido IL tomou a seguinte posição:
« A Assembleia da República [AR] que convidou Zelensky para discursar em 21 de Abril de 2022 não pode receber um aliado de Putin como Lula no 25 de Abril. E o Presidente da República que atribuiu a Ordem da Liberdade a Zelensky não pode estar confortável com a presença de um aliado de Putin como Lula na AR no 25 de Abril », escreveu o chefe do partido, Rui Rocha.
O Presidente do Brasil tem estado em visita à China e aos Emirados Árabes Unidos. Em ambos os países deixou críticas à União Europeia e aos EUA, acusando-os de prolongarem a guerra.
“A Europa e os EUA continuam a contribuir para a continuação da guerra. Portanto, têm de se sentar à volta da mesa e dizer: ‘basta’”, afirmou Lula da Silva.