Comissão eleitoral confirma vitória de Erdogan
« Com base nos resultados provisórios, foi constatado que o senhor Recep Tayyip Erdogan foi reeleito Presidente da República », disse o presidente da Alta Comissão Eleitoral da Turquia, Ahmet Yener, citado pela agência estatal Anadolu.
Os resultados oficiais finais devem ser anunciados no início desta semana.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, já tinha reivindicado a vitória na segunda volta das eleições presidenciais que decorrera no país, enquanto o adversário lamentou o resultado.
« A nossa nação confiou-nos a responsabilidade de governar o país nos próximos cinco anos », afirmou Erdogan, em frente à sua residência em Istambul, para onde uma multidão entusiasmada convergiu nas últimas horas.
Perante os apoiantes, o chefe de Estado, que está há 20 anos no poder, garantiu que vai cumprir “todas as promessas feitas ao povo” e salientou que cada eleição é “um renascimento”.
Por seu lado, o opositor Kemal Kiliçdaroglu expressou a sua « tristeza » pelo futuro da Turquia.
« Estou profundamente triste com as dificuldades que o país enfrenta », disse o candidato derrotado e líder do principal partido da oposição da Turquia, falando na sede do seu partido, em Ancara, após a reeleição do Presidente Erdogan.
Resultados preliminares e não oficiais colocavam o atual Presidente da Turquia à frente na segunda volta das eleições, quando estavam apuradas 98% das mesas de voto.
A agência de notícias estatal Anadolu adiantou que Erdogan já obteve 52,1% dos votos, enquanto o seu adversário, Kemal Kilicdaroglu, teve 47,9%.
Já a agência de notícias ANKA, próxima da oposição, avançou com 51,9% para Erdogan e 48,1% para Kilicdaroglu.
As assembleias de voto encerraram às 17:00 locais, menos duas horas em Lisboa.
A oposição turca denunciou hoje irregularidades na segunda volta das eleições presidenciais, como ataques físicos contra observadores eleitorais na região Sudoeste e votos falsos.
A Turquia tem cerca de 85 milhões de habitantes e mais de 61 milhões de eleitores inscritos num processo em que o voto é obrigatório.