Português preso na Turquia por parecer Gay. BE questiona MNE

Alfa
A notícia foi dada pelo próprio – Miguel Álvaro Pereira, 34 anos – nas redes sociais e divulgada depois por diversos orgão de comunicação portugueses.
O partido Bloco de Esquerda (BE) protestou e questionou o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) por a embaixada de Portugal na Turquia não ter agido quando foi informada pela família do português.

 

Miguel Álvaro Pereira esteve preso durante 19 dias.

O BE considera incompreensível « porque é que não houve qualquer tipo de contacto ou tentativa de auxílio » por parte da embaixada, defendendo que, assim que foi informada desta situação, esta deveria ter atuado imediatamente.

 

Miguel Álvaro Pereira, 34 anos, português e sul-africano, vive no Brasil, foi preso e, segundo acusa, torturado na Turquia por aparentar ser gay. A história foi relatada pelo próprio nas redes sociais.

No dia 25 de junho, dia em que foi detido, realizava-se uma parada gay em Istambul, considerada ilegal pelas autoridades turcas.

« Pensaram que participaria numa marcha LGBTI+ não autorizada que ia acontecer ali perto, por parecer gay. Estava no sítio errado à hora errada », acrescentou Miguel Álvaro.

Miguel Álvaro foi transferido para uma esquadra da polícia, depois de 13 horas dentro da carrinha, sem poder contactar ninguém. No dia seguinte, depois de ter sido privado de sono desde as duas da manhã, foi levado para o centro de detenção de imigrantes de Tuzla, em Istambul, conhecido pela sobrelotação, violência e más condições sanitárias, de acordo com o jornal « Público ».

O Jornal de Notícias português informa que apenas conseguiu fazer uma chamada na semana seguinte, para avisar que se encontrava detido e que precisava de ajuda. « A família contactou a Embaixada de Portugal na Turquia, que nada fez. Nenhum representante visitou Miguel Álvaro, nem lhe foi oferecido qualquer tipo de ajuda ».

« Álvaro acabou por sair da prisão a 12 de julho, 19 dias após a detenção. Escoltado pela polícia até à porta de embarque, voou para Portugal a 13 de julho, sendo que está proibido de voltar à Turquia nos próximos três anos », acrescenta o JN.

Miguel, que estava de férias , garante que não sabia da manifestação.

Article précédentPortugal. Controlo documental nas fronteiras entrou hoje em vigor. JMJ/visita do Papa
Article suivantPortugal perde com Espanha na final do Europeu de hóquei em patins