A cantora portuguesa Maria Mendes está novamente nomeada para um prémio Grammy, cuja cerimónia da 66.ª edição está marcada para fevereiro em Los Angeles, nos Estados Unidos, foi hoje anunciado.
De acordo com a lista de nomeados, divulgada hoje pela Academia de Gravação Norte-americana, Maria Mendes está nomeada na categoria Melhores Arranjos, Instrumentais e Vocais, juntamente com o músico John Beasley com uma versão da música “Com que Voz”, retirada do álbum ao vivo “Saudade, Colour of Love”, de 2022.
A mesma versão de “Com que voz” valeu a Maria Mendes e John Beasly uma nomeação aos Grammy Latino, cujos vencedores são anunciados na próxima semana em Sevilha, na categoria de Melhor Arranjo.
Em outubro de 2002, Maria Mendes editou “Saudade, Colour of Love”, um álbum ao vivo no qual apresenta novos arranjos orquestrais de temas de “Close to me”, de 2019.
Com “Close to me”, Maria Mendes venceu um prémio Edison de melhor álbum de jazz vocal, nos Países Baixos, onde vive há mais de uma década, e esteve nomeada para os Grammy Latino, na categoria de Melhor Arranjo, com o tema “Asas Fechadas”, de Amália Rodrigues, e para os Grammy, na categoria de Melhores Arranjos, Instrumentais e Vocais, com a mesma canção.
Além dos temas de “Close to me”, “Saudade, Colour of Love” inclui três novas canções: “Com que voz”, uma criação de Amália Rodrigues, sobre palavras de Luís de Camões e música de Alain Oulman, “Quando Eu Era Pequenina”, uma “antiga e popular canção folclórica para dançar, tipicamente acompanhada por vozes femininas”, e “Meu Pobre Capitão”, uma “nova composição de Mendes e Beasley escrita ao estilo das suas reinterpretações de fado e aqui com uma alegre cantoria do público”, de acordo com o agenciamento da artista, num comunicado divulgado na altura da edição do álbum.
A longa lista de 94 categorias dos Grammy abrange diferentes géneros musicais, do jazz à música clássica, passando pelo rap, o rock, o metal, o gospel, abrangendo também os audiolivros. Este ano, foram criadas três novas categorias: Melhor Gravação Pop Dança, Melhor Performance de Música Africana e Melhor Álbum de Jazz Alternativo.
Na 66.ª edição dos Grammy, a cantora e compositora norte-americana SZA lidera as nomeações com nove indicações, num ano em que as artistas femininas dominam as principais categorias.
A música “Kill Bill” valeu a SZA nomeações nas categorias de Gravação do Ano, Canção do Ano e Melhor Performance R&B. O álbum que inclui o tema, “SOS”, está nomeado para Álbum do Ano e Melhor Álbum R&B Progressivo.
SZA está ainda nomeada para Melhor Performance R&B Tradicional, com “Love Language”, Melhor Canção R&B, com “Snooze”, Melhor Performance Rap Melódico, com “Low”, e Melhor Performance Pop e Duo/Grupo, com “Ghost in the machine”, tema que partilha com Phoebe Bridgers, a segunda mais nomeada desta edição dos Grammy.
Phoebe Bridgers está indicada em mais seis categorias, com a sua banda, boygenius.
boygenius tem nomeações nas categorias de Gravação do Ano, com “Not strong enough”, Álbum do Ano (“the record”), Melhor Performance Rock (“Not strong enough”), Melhor Canção Rock (“Not strong enough”), Melhor Performance de Música Alternativa (“Cool about it”) e Melhor Álbum de Música Alternativa (“the record”).
Também nomeados em seis categorias estão Taylor Swift, Olivia Rodrigo, Billie Eillish, Brady Clark, Jean Batiste e o produtor Jack Antonoff.
Nesta edição, são as artistas femininas quem lidera a corrida aos Grammy, com as categorias para Gravação do Ano e Álbum do Ano a contarem apenas com um homem nomeado, o cantor, compositor e pianista Jon Batiste.
Para esta 66.ª edição dos Grammy eram elegíveis gravações editadas, tanto em formato físico como digital, entre 01 de outubro de 2022 e 15 de setembro deste ano.
Com Agência Lusa.