Alfa – Daniel Ribeiro (Lisboa). Opinião
PS (Pedro Nuno Santos/José Luís Carneiro), PSD/CDS (Luís Montenegro/Nuno Melo)… Portugal, a grande partilha dos lugares do poder, com o partido CHEGA e a instabilidade à espreita.
A dois meses das eleições legislativas antecipadas, os principais partidos da área do poder em Portugal, concluem este fim de semana em reuniões magnas e num Congresso (caso do PS), os acordos entre fações e partidos coligados para a distribuição dos lugares do poder.
Na nova Aliança Democrática (PSD/CDS), está feito: O CDS terá garantido o regresso ao Parlamento português com, pelo menos, dois deputados.
No PS, o Congresso deste fim de semana deverá concretizar o que foi previamente negociado: o líder, Pedro Nuno Santos, confirmará a ideia da unidade partidária e partilhará o poder com José Luís Carneiro com 35% dos lugares na direção do partido para este último.
É o fim de semana de todas as decisões sobre a partilha do poder em Portugal, na perspetiva da direita e dos socialistas.
Quanto ao CHEGA, em ascenção clara segundo últimas sondagens, tem reuniões magnas marcadas para o próximo fim de semana.
Nesta altura, é muito incerto prever o que sairá das eleições legislativas de 10 de março. A conquista de uma maioria absoluta pela esquerda ou pela direita parece improvável.
Neste caso, o Presidente Marcelo, que dissolveu um Parlamento com maioria absoluta favorável ao PM António Costa, ficará em dificuldades e poderá ter mesmo de convocar novas eleições porque o PSD de Montenegro recusa, até agora, qualquer aliança de poder com o Chega.
Neste sentido, as perspetivas de instabilidade política para Portugal, nos próximos meses, são muitos prováveis…