Alfa
Atentados em Paris, há pouco menos de 6 anos. Sophie Dias vai testemunhar em memória do seu pai, primeira vítima mortal dos atentados conjugados que provocaram terror e pânico indiscretíveis em Paris, a 13 de novembro de 2015.
A filha de Manuel Colaço Dias falou ao jornal Le Parisien, com uma foto dela escondendo a cara.
O emigrante português tinha 63 anos e dois filhos (um rapaz então com 28 anos e uma rapariga, a Sophie, com 30) e era motorista. Morreu nessa noite na primeira explosão junto ao Stade de France, em Saint-Denis, a norte da capital, junto ao « Periférico », a auto-estrada circular que envolve Paris. Tinha transportado três pessoas para assistirem ao jogo de futebol entre a França e a Alemanha, dessa noite, nesse estádio. No interior do recinto desportivo, repleto, estava o então Presidente, François Hollande, que foi rapidamente evacuado do local.
Na entrevista ao diário francês, Sophie diz: « É importante que toda a gente se lembre que estes atentados não atingiram apenas o Bataclan ». Vai testemunhar, por esse motivo, no julgamento que decorre, desde esta quarta-feira, no Palácio da Justiça de Paris.
Sophie Dias vai ser a porta-voz de uma família portuguesa, que caiu então repentinamente, na dor e no luto. O pai, natural do Alentejo, era emigrante em França desde há 45 anos.