Daniel Ribeiro
Foi o que popularmente se chama uma enorme canilada (do Governo).
O Governo anunciou que, a partir de janeiro de 2024, os emigrantes portugueses passariam a ser classificados como inativos no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e que, a partir dessa data, teriam de pagar o atendimento num serviço que, afinal, foi criado para TODOS os portugueses a ele terem acesso gratuito.
Num SNS envolvido em pleno numa grande polémica devido à CUNHA para um tratamento de quatro milhões de euros a duas gémeas luso-brasileiras, a notícia caiu como uma bomba.
Os emigrantes protestaram de imediato porque a sua discriminação em relação aos outros portugueses era uma evidente injustiça.
Perante os protestos, o Governo recuou de imediato e anunciou oficialmente que, afinal, os « emigrantes portugueses continuarão a ter pleno acesso ao SNS ».
Tudo isto acaba de acontecer em período de campanha para eleições antecipadas, mas a primeira decisão do Governo é de uma gravidade extrema.
Discriminar portugueses, seja no que for, no caso no acesso a tratamentos de saúde por emigrantes, é incrível, inaceitável e uma grande injustiça. É impensável.