Advogado assume: Rui Pinto está por detrás do Luanda Leaks

William Bourdon, advogado de Rui Pinto e presidente da PPLAAF, uma plataforma de proteção de whistleblowers em África, revelou ao Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, ICIJ, que o português é a fonte da fuga de informação sobre Isabel dos Santos

Exclusivo para Portugal do Expresso; por

MARIA FECK – Rui Pinto continua em prisão preventiva em Portugal

Rui Pinto, o whistleblower dos Football Leaks, foi nomeado como a fonte por detrás dos Luanda Leaks, uma exposição global sobre o saque da riqueza de Angola pela mulher mais rica de África e pela sua família.

Liderado pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, ICIJ ((www.icij.org), e com a participação de 36 órgãos de comunicação social em 20 países, incluindo o Expresso e a SIC em Portugal, o Luanda Leaks revelou como Isabel dos Santos acumulou uma fortuna de mais de dois mil milhões de dólares.

A investigação teve por base um conjunto de mais de 715.000 documentos fornecidos pela Plataforma para a Protecção de Whistleblowers em África (PPLAAF), uma organização com sede em Paris.

Na sequência da publicação da investigação, as autoridades angolanas constituíram Isabel dos Santos como arguida. Indiciaram-na de desvio de fundos públicos durante os seus 18 meses de mandato à frente da Sonangol, a companhia petrolífera estatal angolana.

Isabel dos Santos nega as acusações.

Esta segunda-feira, William Bourdon, o advogado e presidente da PPLAAF, revelou que Rui Pinto, autor do site Football Leaks, tinha fornecido à sua organização os documentos do Luanda Leaks.

Num comunicado, Bourdon, que também representa Rui Pinto como advogado de defesa, disse: “O PPLAAF está satisfeito por, mais uma vez, um whistleblower revelar ao mundo actos que vão contra o interesse público internacional”. E sublinhou: “Tal como no caso do Football Leaks, estas revelações devem permitir o lançamento de novas investigações judiciais e assim ajudar na luta contra a impunidade dos crimes financeiros em Angola e no mundo.”

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