Aliança pede repetição do voto dos emigrantes para as legislativas. « Respeito pelos eleitores »

Devido a diversos problemas com voto dos portugueses do estrangeiro, partido Aliança, de Santana Lopes, vai pedir repetição do voto dos emigrantes para as legislativas. “Implementação de um sistema de votação online seguro e eficiente” é a solução que o Aliança espera ver os demais partidos defenderem junto do Presidente da República e do Ministério da Administração Interna. Sem prejuízo de a Assembleia da República começar os trabalhos só com 226 deputados.

Foto: ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Alfa/Jornal Económico. Por Leonardo Ralha

A comissão executiva do Aliança quer a repetição das eleições legislativas para os eleitores residentes no estrangeiro, considerando que a implementação de um método de voto eletrónico será a única forma de evitar que 131.967 portugueses fiquem impossibilitados de exercer o dever cívico, visto que por diversos motivos não chegaram a receber os envelopes com os boletins de voto.

Esse é um dos motivos que vão levar o partido criado e presidido por Pedro Santana Lopes a enviar cartas às restantes formações políticas que apresentaram listas nos círculos de Europa e de Fora da Europa, apelando a que também requeiram a repetição do ato eleitoral nesses círculos ao Presidente da República e ao Ministério da Administração Interna.

Neste momento, a tomada de posse dos deputados da XIV Legislatura está dependente do escrutínio dos votos enviados pelos residentes no estrangeiro, a qual só será feita na próxima quarta-feira, 16 de outubro, mas o Aliança considera que só a repetição da votação, implementando o “método de votação por via eletrónica não presencial”, pode assegurar o respeito pelos eleitores.

“Demore o tempo que demorar até ao desenvolvimento e implementação de um sistema de votação online, o que pode impedir a tomada de posse de quatro dos 230 deputados eleitos, é na verdade mais importante garantir que se cumpre a democracia do que a tomada de posse desses quatro eleitos, tanto mais que o próximo primeiro-ministro já foi indigitado, já foi convidado a constituir governo e já tem soluções de governo, tendo tudo isto acontecido antes mesmo do apuramento destes círculos eleitorais”, considera a comissão executiva do partido, que obteve apenas 39.316 votos (0,77%) no território nacional.

Além dos emigrantes que não chegaram a receber os boletins de voto, por envio do envelope para moradas erradas, atrasos nos correios que deverão inviabilizar a chegada até à próxima quarta-feira, erros no recenseamento e má interpretação do porte pago pelos serviços postais de alguns países, “não existindo sistema de rastreio dos envelopes com os votos, não é possível saber se os votos foram enviados antes ou depois do dia 6 de outubro”.

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