Foto de abertura: TIAGO PETINGA (Público)
Líder da task force passou a ter segurança pessoal. Anti-vacinas chamam aos jornalistas “assassinos”. Deputado Paulo Pisco diz que se tratam de manifestações agressivas « de um grupito de negacionistas ».
« O líder da task-force da vacinação, o vice-almirante Gouveia e Melo, passou a contar com segurança pessoal depois de ter sido vaiado e empurrado por manifestantes negacionistas no passado dia 14 num centro de vacinação em Odivelas », escreve o diário português.
Na sequência deste incidente a PSP reavaliou o grau de risco a que o militar estava sujeito e atribuiu-lhe uma equipa de segurança à paisana, composta por dois a três elementos, que já o tem vindo a acompanhar nos últimos dias, acrescenta o jornal.
Os activistas anti-vacinas mostraram esta quarta-feira uma vez mais que não hesitam em recorrer à agressividade para tentarem fazer valer os seus pontos de vista.
Com efeito, voltaram a manifestar-se quando um juiz negacionista (Rui Castro), que rejeita a existência da pandemia e as medidas sanitárias, entregou esta quarta-feira, na Procuradoria-Geral da República (PGR), uma queixa contra o Presidente da República, o primeiro-ministro e as autoridades de saúde, por alegados crimes contra a humanidade.
A entrada de Rui Castro na PGR foi acompanhada de algumas dezenas de manifestantes, que protestaram contra o uso de vacinas e regras de confinamento e lançaram insultos a políticos e à comunicação social.
Reagindo a estas manifestações o deputado socialista, Paulo Pisco, eviou-nos um texto no qual escreve: « manifestação agressiva de um grupito de negacionistas contra as vacinas diante do centro de vacinação em Odivelas devia envergonhar-nos a todos, pela falta de razoabilidade, espírito totalitário e aversão à evidência científica que revela ».
« Assim, continua a haver indivíduos que se acham iluminados e no direito de chamar assassinos a quem tem dado o seu melhor para salvar vidas. O vice-almirante Gouveia e Melo, toda a sua equipa e os profissionais de saúde merecem o respeito e reconhecimento de todos », acrescenta o deputado pelo círculo da Europa.