Autárquicas/Portugal. PS é o que pode perder mais. Análise das perspetivas de cada partido

24 septembre 2021

Alfa – Lisboa – Análise, com base num estudo do semanário « Expresso » desta sexta-feira, 24.

Portugal – AUTÁRQUICAS 2021 – Das 308 autarquias do país, há 51 potenciais surpresas, isto é diversos municípios podem mudar de cor partidária no próximo domingo, 26. PS é o que pode perder mais.

De acordo com um estudo e análise publicados esta sexta-feira no semanário « Expresso », o PS é o que pode perder mais e o PSD tenta melhorar resultados de 2017 (na altura com a liderança de Passos Coelho) e conquistar maioria das freguesias.

A campanha acelerou muito nas duas últimas semanas com a presença constante dos líderes partidários no terreno e os resultados poderão ter consequências nacionais, quer para o Primeiro-ministro, António Costa, quer para as lideranças dos diversos partidos. Na campanha falou-se pouco de propostas concretas para as autarquias. Pareceu uma campanha para as legislativas.

Sobre os socialistas, o « Expresso » escreve: « O futuro do PS, de Costa, Medina e Pedro Nuno andou na rua ».

No que respeita aos sociais-democratas, Rui Rio tentou tudo por tudo para enfraquecer António Costa, travar votação no Chega e igualmente o seu rival interno no partido, Paulo Rangel.

Sobre o PSD, o « Expresso » escreve: « Rio quer primeiro sinal da reconstrução da direita: PSD e CDS a subir, Chega nos últimos ».

Quanto à CDU tenta manter câmaras e reconquistar algumas que perdeu para o PS há cinco anos, como Almada. Resultado é incerto.

Sobre o PCP/CDU, o mesmo jornal escreve: « Jerónimo fez campanha com mínimo histórico de contactos. Tudo vigiado e controlado. A prever o pior? ».

No que respeita ao CDS, que concorre coligado com o PSD em diversos municípios, como em Lisboa, joga-se o futuro da liderança atual.

« Nuno Melo vai avançar contra Rodrigues dos Santos mesmo que os resultados autárquicos sejam positivos », avança o « Expresso ».

Pelo seu lado, o CHEGA, de André Ventura, concorre pela primeira vez às autárquicas. Quer ficar em terceiro e é difícil de prever em que lugar ficará. Quer enfraquecer o PSD.

« Muitos quilómetros e pouca rua. Chega quer passar o BE. Mas quer pôr pressão sobre Rio », escreve o semanário.

Quanto ao BE, fez tudo para não perder vereadores e diz, o « Expresso », « Bloco desconfia que Medina prefere PCP ».

O mesmo jornal acrescenta: « Sem previsão de glória ou hecatombe, Bloco corre com ‘humildade’, com um olho em Almada e outro em Lisboa ».

Quanto ao IL (Iniciativa Liberal) espera algumas surpresas boas.

« Cotrim de Figueiredo está feliz por não ter apoiado Moedas (em Lisboa) e espera uma surpresa. Será recandidato à liderança » – prevê o semanário.

Por último, quanto ao PAN, este partido admite desafio difícil.

« Há ambição, mas a fé não parece grande na conquista de pelouros de vereação. A seguir vem o Orçamento » – lê-se no « Expresso ».

Nestas eleições, há também listas de « independentes » que também disputam os votos em diversos municípios.

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