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A Agência Europeia para a Segurança da Aviação considera que « não haverá qualquer problema » com a retoma das viagens aéreas em Portugal após a pandemia de covid-19, destacando « o apoio total » das autoridades à adoção de medidas sanitárias.
« Temos um ótimo contacto com as autoridades nacionais portuguesas de aviação e elas apoiam totalmente as nossas diretrizes e procedimentos, [pelo que] não tenho dúvidas de que não teremos qualquer problema com Portugal », disse o diretor executivo da Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA, na sigla inglesa), Patrick Ky, em entrevista à agência Lusa.
« Penso que em Portugal, até ao momento, a situação é estável e temos uma forte cooperação com as autoridades nacionais », reforçou o responsável, em declarações feitas dias antes de o país reabrir as suas fronteiras aéreas aos países europeus, o que acontecerá na próxima segunda-feira.
Esta retoma das viagens está a acontecer um pouco por toda a União Europeia (UE), embora as datas difiram de Estado-membro para Estado-membro, e foi para garantir a adoção de regras sanitárias uniformizadas que a EASA divulgou, juntamente com o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças, diretrizes de segurança para passageiros, aeroportos e companhias aéreas aplicarem desde a chegada ao local de partida até à saída no terminal de destino.
Entre as recomendações está o distanciamento físico em todos os locais do aeroporto (exceto dentro das aeronaves), o uso de máscara, a higiene frequente das mãos ao longo da viagem e ainda a responsabilização dos passageiros, para que não embarquem caso se sintam doentes.
« A aviação é um setor internacional e, neste caso, europeu, e não faria sentido ter um tipo de procedimentos em Lisboa que fossem diferentes dos de Bruxelas e isso não ajudaria a recuperar a confiança dos passageiros, criando ainda dificuldades às companhias aéreas e aos aeroportos », afirmou Patrick Ky à Lusa.
Além das orientações de segurança, a EASA criou um protocolo relativo à segurança da aviação para monitorizar a implementação das regras, um projeto que ainda está numa fase piloto e que conta com um total de 25 operadores europeus, entre gestoras aeroportuárias e transportadoras aéreas.
« Seria bom era que os operadores portugueses – como o aeroporto de Lisboa ou a TAP – se juntassem proativamente ao protocolo de segurança para implementar as regras, de forma a ajudar a desenvolver mais rapidamente a rede com outras cidades europeias, aeroportos e outros operadores que se comprometeram com estas normas », destacou Patrick Ky.
O responsável explicou que este « é um processo em aberto, pelo que quem quiser pode participar, sendo que a única condição é que quem participa tem de adotar as regras e comprometer-se a dar ‘feedback’ à EASA ».