Avião ucraniano terá sido abatido por míssil iraniano de forma acidental

Pentágono e governo britânico dizem ter informações que o Boeing pode ter caído após ter sido atingido por um míssil do sistema de defesa antiaérea do Irão, de forma acidental. Trump também diz que tem as suas suspeitas: « Pode ter um erro do outro lado ».

O avião ucraniano que caiu em Teerão, causando a morte de 176 pessoas, foi atingido por um míssil do sistema de defesa antiaérea iraniano, avança a revista norte-americana Newsweek, citando uma fonte militar do Pentágono, um oficial dos serviços secretos americanos e um elemento dos serviços secretos do Iraque. Também a Sky News avança que o governo britânico confirma estar na posse de informações « muitos preocupantes » que apontam ter sido um míssil iraniano a provocar a queda do Boeing 737-800.

O voo 752 da Ukraine International Airlines, com o Boeing 737-800 em rota do Aeroporto Internacional de Teerão para Kiev, parou de transmitir dados alguns minutos após a descolagem e pouco depois do Irão lançar mísseis contra bases militares que alojam forças dos EUA no Iraque. Acredita-se que a aeronave tenha sido atingida por um míisil do sistema de mísseis terra-ar Tor-M1 construído na Rússia, conhecido pela NATO como ‘Gauntlet’, disseram os três oficiais à Newsweek.

A avaliação do oficial do Pentágono, diz a Newsweek, é de que o desastre foi acidental, com o míssil a atingir por erro o avião. O Comando Central militar dos EUA recusou comentar o assunto à Newsweek .

Já a Sky News cita fonte do gabinete de Boris Johnson. O governo britânico estará a analisar relatórios que apontam no mesmo sentido. No desastre morreram três britânicos.

Trump tem suspeitas

Donald Trump comentou esta quinta-feira à tarde o incidente e afirmou que tem « suspeitas » e acrescentou que « alguém pode ter um erro do outro lado ».

 

 

Oleksiy Danilov, do conselho de segurança ucraniano, também admite que a queda pode ter sido provocada por um míssil, embora tenha declarado à AFP que estão a ser exploradas várias teses.

A Ucrânia enviou para Teerão uma equipa de 45 investigadores para estudar as causas do desastre aéreo.

Com a chegada prevista para esta quinta-feira, a equipa de peritos ucranianos espera poder participar no inquérito em curso, em particular « na descodificação das caixas negras » do avião, referiu o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, num momento em que as autoridades iranianas estão a recusar o acesso às caixas negras do avião do fabricante norte-americano Boeing.

Segundo Sergei Danylov, alguns dos peritos ucranianos que estarão no Irão participaram na investigação do caso do voo MH17, da companhia aérea Malaysia Airlines, abatido em 17 de julho de 2014 por um míssil quando sobrevoava um território controlado por separatistas pró-russos no leste ucraniano.

 

Alfa/ DN

 

 

 

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