
François Bayrou utilizou esta tarde por duas vezes o artigo 49.3, primeiro para o orçamento do Estado e depois para a Segurança Social.
Paralisados desde a queda de Michel Barnier em dezembro, estes orçamentos são, por isso, adotados sem votação, como permite a Constituição.
O primeiro-ministro vai recorrer novamente ao mecanismo 49.3 na segunda parte do orçamento da segurança social esta quarta e sexta-feira.
As Moções de censura não terão grande risco, o residente de Matignon terá de enfrentar uma moção de censura apresentada pelo ‘La France Insoumise’.
Apoiado pelos comunistas e ambientalistas, o texto não será votado pelos socialistas.
Quanto ao Rassemblement Nacional, está ainda em dúvida. Mas sem os votos do PS e do RN, a moção de censura não tem hipóteses de derrubar François Bayrou.
Uma vez rejeitadas as várias moções, serão definitivamente aprovados os orçamentos do Estado e da Segurança Social.
O suficiente para permitir a François Bayrou sair da rotina depois de alguns primeiros passos muito difíceis.
O centrista poderá ‘gabar-se’ de ter tido sucesso onde Michel Barnier falhou e de ter conseguido fornecer orçamentos à França.