Beirute/Explosões: Visita de Macron ao Líbano provocou críticas internas

Beirute/Explosões: Visita de Macron ao Líbano provocou críticas internas

Beirute/Explosões: Visita de Macron ao Líbano provocou críticas internas

facebook sharing button
twitter sharing button
Alfa/Lusa
email sharing button
A viagem do Presidente francês ao Líbano, hoje, provocou críticas internas, com líderes políticos de vários partidos a argumentar que Emmanuel Macron não tem legitimidade para se apresentar como “salvador” dos libaneses.

Emmanuel Macron esteve hoje em Beirute, dois dias depois do desastre originado por duas violentas explosões que provocaram dezenas de mortes e milhares de feridos, para oferecer a ajuda da França e reunir com autoridades locais, junto das quais se disponibilizou para organizar um programa para a reconstrução do país.

“Independentemente do que se pensa dos líderes libaneses, que legitimidade tem ele para se apresentar como o seu salvador?”, disse hoje o líder do Partido Socialista francês, Olivier Faure, na sua conta pessoal da rede social Twitter, mostrando-se “perplexo” com o discurso de Macron.

No Líbano, o Presidente francês tinha proposto “um novo pacto político” naquele país, adiantando que regressará no início de setembro para acompanhar o seu desenvolvimento.

“Chamo a atenção da ingerência na vida política do Líbano. Não será aceite. O Líbano não é um protetorado francês. Eu aviso os libaneses sobre as reformas de Macron: protejam as reivindicações da sua revolução dos cidadãos”, declarou o líder do movimento França Insubmissa (esquerda), Jean-Luc Mélenchon.

Mélenchon já tinha mostrado reservas, na quarta-feira, sobre o envio de material de socorro desde França e tinha dito que achava que uma visita de Macron poderia ser contraproducente.

Na mesma linha, o vice-presidente da Assembleia Nacional (extrema-direita), Jordan Bardella, disse hoje que, embora o apoio de França ao povo libanês não mereça contestação, que “o programa arrogante e moralizante que Emmanuel Macron apresentou é indecente”.

“A solidariedade com o Líbano deve ser incondicional”, acrescentou Julien Bayou, secretário nacional do partido ambientalista, nas suas contas das redes sociais.

Article précédent“Estudar e Investigar em Portugal 2020” – Inscrições abertas no ensino superior português para as comunidades e lusodescendentes
Article suivantCovid-19/Mundo: Doença já matou mais de 715 mil pessoas e infetou mais de 19,1 milhões