Brasil. Condenações de Lula anuladas. Anne Hidalgo « feliz »

Anne Hidalgo, PR Argentino e outros políticos internacionais celebram anulação de condenações de Lula

PR Argentino e outros políticos internacionais celebram anulação de condenações de Lula

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Alfa/Lusa/outras Agênciasemail sharing button
O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, e outros políticos internacionais como a autarca parisiense, Anne Hidalgo, ou a deputada do Bloco de Esquerda Joana Mortágua, comemoraram hoje a anulação das condenações do ex-mandatário brasileiro Lula da Silva.

« Celebro que Lula tenha sido reabilitado em todos os seus direitos políticos. Foram anuladas as condenações contra si, que foram ditadas com o único fim de persegui-lo e eliminá-lo da carreira política foram. Fez-se justiça! Lula Livre », escreveu Fernández na rede social Twitter.

Já a deputada portuguesa Joana Mortágua indicou que a prisão de Lula faz parte do « golpe contra a democracia no Brasil ».

« A anatomia completa do golpe contra a democracia no Brasil está por conhecer, mas é certo que passou pela decisão política de prender Lula da Silva. Passo a passo, essa injustiça vai sendo denunciada e corrigida », disse a deputada do Bloco de Esquerda, cuja mensagem foi republicada por Lula.

Do lado francês, a presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, declarou estar « muito feliz » por ter sido feita « justiça para Lula da Silva ».

« Após cinco anos de perseguição, todas as ações judiciais contra Lula da Silva foram anuladas! Lula está livre. O ‘juiz’ Moro e sua gangue repudiados. A magistratura brasileira recusa-se a fazer o trabalho político sujo », escreveu, por sua vez, o líder do partido de esquerda França Insubmissa, Jean-Luc Mélenchon.

De Espanha, o líder do Podemos, Pablo Iglesias, disse que Lula foi afastado da política para « abrir caminho para a extrema-direita ».

« O ‘lawfare'[uso estratégico do Direito para fins ilegítimos] contra Lula, para impedi-lo de ser candidato e abrir caminho para a extrema-direita, exemplifica o novo ‘modus operandi’ das grandes potências. No final das contas não deu em nada, mas hoje manda Bolsonaro no Brasil. Agora é para ganhar Lula. Punho levantado », indicou Iglesias.

O Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro anulou hoje todos as condenações do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná, relacionadas com as investigações da Operação Lava Jato.

A decisão foi tomada pelo juiz Edson Fachin, que é o relator dos casos da Lava Jato no STF.

A anulação foi decretada na sequência da decisão de Fachin, de declarar a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos processos sobre a posse de um apartamento de luxo no Guarujá, estado de São Paulo, e de uma quinta em Atibaia, também em São Paulo, que haviam levado a duas condenações do ex-chefe de Estado brasileiro, em decisões das primeira e segunda instâncias.

Isto não quer dizer que o antigo chefe de Estado brasileiro tenha sido inocentado já que os processos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que vai reavaliar os casos e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos agora anulados.

Com a decisão, porém, Lula da Silva voltou a ser elegível e recuperou seus direitos políticos.

Lula, de 75 anos e que governou o Brasil entre 2003 e 2010, chegou a cumprir 580 dias de prisão, entre abril de 2018 e novembro de 2019 e, desde então, o ex-presidente recorre da sua sentença em liberdade condicional.

Em comunicado, o Instituto Lula indicou que, “infelizmente, a decisão tomada hoje chega tarde demais e depois de causar prejuízos irreparáveis não apenas ao Instituto e ao ex-presidente, mas também ao país e à própria Justiça”.

“Há cinco anos, já se sabia que a vara de Curitiba não era competente e que Lula jamais cometeu crime algum. Moro [ex-juiz da Lava Jato] criou uma farsa com promotores para criminalizar o Instituto, o ex-presidente e afastá-lo das eleições. É lamentável que o Brasil e a democracia tenham pagado um preço tão alto antes que essa injustiça fosse reconhecida. A verdade vencerá”, concluiu o Instituto.

Bolsonaro diz que brasileiros não querem Lula na corrida presidencial de 2022

 

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O Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, afirmou hoje que acredita que o povo brasileiro não quer Lula da Silva a concorrer nas eleições presidenciais de 2022, após a anulação de todas as condenações do ex-chefe de Estado.

« Eu acredito que o povo brasileiro não queira sequer ter um candidato como esse em 2022, muito menos pensar numa possível eleição dele [Lula da Silva] », disse Bolsonaro, em declarações à rede televisiva CNN Brasil.

« As bandalheiras que esse Governo [do Partidos dos Trabalhadores, PT] fez estão claras perante toda a sociedade. (…) Os roubos, desvios na Petrobras foram enormes, na ordem de dois mil milhões de reais (290 milhões de euros, no câmbio atual) que o pessoal na delação premiada devolveu. Então foi uma administração realmente catastrófica do PT no Governo », argumentou o atual chefe de Estado.

Em causa está uma decisão ditada hoje pelo juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, que anulou todas as condenações do ex-presidente Lula da Silva na Lava Jato.

Nesse sentido, Bolsonaro disse « não estranhar » a decisão de Edson Fachin, uma vez que o magistrado « sempre teve uma forte ligação » com o PT, do qual Lula é um dos fundadores.

« O juiz Fachin sempre teve uma forte ligação com o PT, então não nos estranha uma decisão nesse sentido. Obviamente é uma decisão monocrática, mas vai ter quer passar pela turma (outros juízes do STF) ou pelo plenário, para que tenha a devida eficácia », avaliou o mandatário à chegada ao Palácio da Alvorada, a sua residência oficial em Brasília.

Bolsonaro também destacou que a bolsa de valores de São Paulo caiu com a notícia da anulação das condenações de Lula e o dólar registou uma subida.

« A bolsa foi lá para baixo e o dólar foi para cima. Ou seja, todos nós sofremos com uma decisão como essa aí », frisou Bolsonaro, acrescentando que espera que o plenário do Supremo reverta a decisão de Fachin.

Efetivamente, o índice Ibovespa, principal referência da bolsa de São Paulo, caiu hoje 3,98%, num dia marcado pela anulação das condenações de Luiz Inácio Lula da Silva.

O STF brasileiro anulou hoje todos as condenações de Lula da Silva pela Justiça Federal no Paraná, relacionadas com as investigações da Operação Lava Jato.

A decisão foi tomada pelo juiz Edson Fachin, que é o relator dos casos da Lava Jato, e que foi indicado para o cargo de magistrado do Supremo pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A anulação foi decretada na sequência da decisão de Fachin, de declarar a incompetência da Justiça Federal do Paraná nos processos sobre a posse de um apartamento de luxo no Guarujá, estado de São Paulo, e de uma quinta em Atibaia, também em São Paulo, que haviam levado a duas condenações do ex-chefe de Estado brasileiro, em decisões das primeira e segunda instâncias.

Isto não quer dizer que o antigo chefe de Estado brasileiro tenha sido inocentado já que os processos serão remetidos para a justiça do Distrito Federal, que vai reavaliar os casos e pode receber novamente as denúncias e reiniciar os processos agora anulados.

Com a decisão, porém, Lula da Silva voltou a ser elegível e recuperou seus direitos políticos. No Brasil está em vigor a chamada lei da « ficha limpa », que proíbe condenados em segunda instância de disputarem eleições.

Lula, de 75 anos r que governou o Brasil entre 2003 e 2010, chegou a cumprir 580 dias de prisão, entre abril de 2018 e novembro de 2019 e, desde então, o ex-Presidente recorre da sua sentença em liberdade condicional.

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