Expresso Curto desta quinta-feira, 30. Por Martim Silva:
A 1 de Janeiro de 1973, a Dinamarca, a Irlanda e o Reino Unido entravam na então CEE, somando-se aos fundadores de 1957. 47 anos depois, a União Europeia, agora já com 28 países membros, está a assistir ao primeiro adeus de um clube no qual se julgava que todos queriam entrar e ninguém sair.
Esta quarta-feira, no Parlamento Europeu, os eurodeputados do Reino Unido participaram pela última vez num plenário. Houve choros e muitas emoções. Ao despedirem-se, entoaram um cântico tradicional escocês – Auld Lang Syne
(Numa das adaptações para o português:
Chegou a hora do adeus,
Irmãos, vamos partir,
No abraço dado em Deus irmãos,
Vamos nos despedir.)
Guy Verhofstadt, o antigo primeiro-ministro belga, lamentou que os britânicos, « que nos libertaram duas vezes », deixem agora o projeto europeu. Claro que, do outro lado, Nigel Farage e os seus apoiantes, de union jack na mão, deixavam o Parlamento Europeu proclamando que saem « para nunca mais voltar ».
Aqui pode relembrar alguns dos momentos mais significativos desta história comum, desde que Heath assinou os tratados em 1972.
Quando acordarmos no próximo sábado, 1 de fevereiro, estaremos no início de um mundo novo para a Europa. Ainda de consequências não inteiramente discerníveis.
Até porque se o Brexit é efetivo a partir do início de fevereiro, os seus efeitos práticos só se devem fazer verdadeiramente sentir no final do ano. E aí estamos todos dependentes da capacidade das duas partes em negociar acordos bilaterais.
Aqui pode perceber como reagiram os eurodeputados portugueses à aprovação pelo Parlamento Europeu do acordo que dita a saída do Reino Unido da União Europeia. E aqui ver algumas das melhores imagens do dia de ontem na instituição.
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