Brexit: Trump defende saída sem acordo e sem pagar

Brexit: Donald Trump recomenda saída sem acordo e sem pagar

Brexit: Donald Trump recomenda saída sem acordo e sem pagar

Alfa/Lusa
O Presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a envolver-se no debate do ‘Brexit’, recomendando ao Reino Unido que abandone a União Europeia (UE) sem acordo, na véspera de uma visita de estado de três dias ao país.

Para o dirigente dos Estados Unidos, opositor da UE, o futuro sucessor de Theresa May à frente do governo britânico devia simplesmente parar de discutir e “bater com a porta” do bloco europeu, sem pagar a fatura do divórcio estabelecida no acordo feito com Bruxelas em novembro.

“Se não obtém o acordo que querem, eu abandonaria” a mesa de negociações, disse Trump numa entrevista ao Sunday Times.

“Se fosse eles, não pagaria os 50 mil milhões de dólares”, adiantou, numa referência ao pagamento dos compromissos do Reino Unido no quadro do orçamento europeu plurianual em curso (2014-2020), cujo montante é calculado por Londres entre 40 e 45 mil milhões de euros.

O Presidente norte-americano considerou ainda que Londres tinha cometido um “erro” não envolvendo Nigel Farage nas negociações com Bruxelas.

Ex-chefe do partido eurocético UKIP (Partido da Independência do Reino Unido), Farage é atualmente líder do Partido do Brexit, que venceu as recentes eleições europeias.

“Gosto muito do Nigel. Ele tem muito para dar”, declarou Trump.

As declarações seguem-se a outras pouco diplomáticas divulgadas no sábado pelo jornal The Sun, em que Trump reitera críticas ao modo como Theresa May negociou o ‘Brexit’, considerando que os europeus “nada tinham a perder” porque a primeira-ministra demissionária britânica lhes “deixou todas as cartas” na mão.

Também manifestou o seu apoio ao ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson para suceder a May, que abandonará as suas funções no próximo dia 7.

Foi justamente para evitar uma saída sem acordo que o governo conservador de Theresa May adiou a data do ‘Brexit’ – inicialmente prevista para 29 de maio – para 31 de outubro, depois do acordo que fez com Bruxelas ter sido rejeitado três vezes pelos deputados britânicos.

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