Transavia começa a voar (aos sábados) entre Paris e a ilha cabo-verdiana do Sal em dezembro – informa a agência Lusa.
De acordo com dados de reserva disponíveis na página da companhia, consultados pela Lusa, esses voos serão realizados todos os sábados, entre Paris (Orly) e a ilha do Sal, mantendo-se esta programação até 26 de março de 2022, o período de inverno na Europa e de maior procura turística em Cabo Verde.
Sem divulgar promoções, o preço por trajeto desta nova ligação da Transavia para o período de Inverno da IATA começa em 139 euros (um sentido), em tarifas base.
A Transavia é uma companhia aérea de baixo custo do grupo Air France-KLM, com os principais centros de operação em França e nos Países Baixos, mas que é operada de forma independente.
Diz a lusa que o programa do Governo cabo-verdiano, apresentado ao parlamento em junho passado, admite compensações a operadores aéreos para voos ‘low cost’, para garantir a retoma do turismo após a pandemia, e pretende atingir até 2026 uma procura anual de 1,2 milhão de turistas.
De acordo com o documento com as prioridades para a legislatura, o Governo pretende avançar com “uma política de indução positiva da procura pelo destino Cabo Verde”.
“Através de uma aposta clara no fomento da conectividade aérea do país com os principais mercados emissores, apostando no apoio/compensação a operadores aéreos de ‘charters’ e/ou ‘low cost’, com especial ênfase na fase da retoma do turismo”, lê-se no documento.
As expetativas do Governo de Cabo Verde para o turismo
Cabo Verde recebeu em 2019 um recorde de 819 mil turistas, mais de 40% com destino à ilha do Sal. Contudo, devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, a procura turística por Cabo Verde recuou mais de 70% em 2020, sendo este um setor que garante cerca de 25% do Produto Interno Bruto do país.
Para este ano, o Governo prevê alcançar pouco mais de 300 mil turistas, mas devido às restrições ainda provocadas pela covid-19, o país recebeu apenas cerca de 36.000 turistas no primeiro semestre
“O Governo propõe atingir até 2026, uma procura não inferior a 1,2 milhão de turistas, aumentar o valor acrescentado da indústria do turismo, traduzido numa maior agregação de recursos endógenos nos serviços e no produto que o país apresenta ao visitante, provenientes da agricultura, das pescas, da agroindústria, das indústrias criativas e do setor dos transportes, tendo como fim último a criação de um tecido empresarial nacional forte”, aponta o documento.
O programa do Governo define ainda que serão criadas condições para a subida de Cabo Verde no ‘ranking’ da competitividade turística, com o objetivo de passar a integrar o grupo dos 50 países mais competitivos (88.º em 140 países em 2019) e situar-se entre os 10 melhores do grupo dos Pequenos Países Insulares.