Câmara de Lisboa enviou para a Rússia dados pessoais de ativistas russos residentes em Portugal – revelou o Expresso. Notícia foi confirmada, Câmara pediu desculpa, mas polémica não para.
Depois de terem pedido autorização para realizar uma manifestação em Lisboa contra a prisão de Alexei Navalny, um dos mais conhecidos opositores do regime de Vladimir Putin, os dados pessoais de três ativistas russos residentes em Portugal foram enviados para a embaixada russa em Portugal, mas também para Moscovo. Uma das ativistas, que também tem nacionalidade portuguesa, diz ao Expresso que tem medo de tentar voltar a casa, pedindo ainda atenção à partilha de dados de cidadãos portugueses – escreveu o Expresso.
Eu causa estão dados pessoais, incluindo moradas, telefones dos ativistas e outras informações.
Nesta tarde, Fernando Medina pediu desculpa pela partilha de dados de manifestantes com a Rússia.
Autarca lisboeta diz que o erro foi “lamentável” e que “não podia ter acontecido”, escreve a imprensa portuguesa.
O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, fez esta quinta-feira um pedido público de desculpas aos manifestantes cujos dados pessoais foram partilhados com a embaixada russa. A autarquia enviou dados de três promotores de uma manifestação contra Putin às autoridades russas, erro que Medina reconhece e que diz que não podia ter acontecido.
O assunto está a provocar forte polémica em Portugal, com diversos setores da oposição, da esquerda e da direita a pedirem a demissão de Fernando Medina da Presidência da Câmara.
A Amnistia Internacional considera gravíssima a partilha de dados de ativistas russos pela CML.
Mesmo Jerónimo de Sousa (PCP) afirma que caso dos manifestantes russos em Lisboa denunciados a Moscovo pela Câmara de Lisboa, a confirmar-se, é « grave ».