O canoísta português Fernando Pimenta conquistou hoje a 100ª medalha internacional da carreira, ao vencer o ouro em K1 5.000 metros da Taça do Mundo de velocidade de Szeged, na Hungria, para somar o terceiro ‘metal’ na prova.
Na distância em que foi campeão mundial em 2017 e 2018, e terceiro em 2019, nesta mesma cidade, Pimenta impôs-se sem grandes dificuldades aos rivais, os húngaros Balint Noe, segundo, e Kornel Beke, terceiro, ao registar um tempo de 20.03,09 minutos.
Na última final, Pimenta foi dominador: além de controlar da frente a prova durante grande parte da extensão, o tempo conseguido comprova a sua apetência, sendo que só Balint Noé conseguiu ficar a menos de um segundo do português.
Abaixo, o bronze recaiu num atleta que terminou mais de oito segundos depois, e o quarto classificado ficou já a 12.
« Uma prova muito disputada, com muitos ‘sprints’ e onde na reta da meta estava ladeado de dois atletas húngaros. Consegui impor um ritmo muito forte e arrecadar a medalha de ouro para Portugal », escreveu o atleta na rede social Facebook, revelando estar « cansado, mas superfeliz » pelas medalhas conquistadas.
Medalha de prata nos Jogos de Londres2012 em K2 1.000 metros, ao lado de Emanuel Silva, soma ainda nove medalhas em Mundiais, com mais uma no campeonato do mundo de maratonas, 16 em Europeus, duas em Universíadas e quatro em Jogos Europeus, numa ‘amostra’ do centenário que hoje completou.
Também hoje, Joana Vasconcelos venceu a final de K1 500 metros, ao registar um tempo de 1.54,03 minutos, superando sobre a meta a espanhola Isabel Contreras, segunda, e a belga Hermien Pieters, terceira.
« Foi uma grande corrida, e pus tudo o que tinha no final. As condições não eram perfeitas, mas foi o meu primeiro ouro em Taças do Mundo. Para o ano, vou tentar conseguir uma quota olímpica para Portugal », atirou Joana Vasconcelos, citada pela federação internacional.
Na cidade húngara de Szeged, todas as provas com participação lusa tiveram um português no pódio, num pleno que demonstrou o bom momento de forma do trio presente.
Com ouro em K1 1.000 metros e K1 5.000 e a prata em K1 500 de Fernando Pimenta, o ouro em K1 500 e o bronze em K1 200 de Joana Vasconcelos e a prata em 200 VL2 e o bronze em VL2 500 de Norberto Mourão, em paracanoagem, Portugal somou sete ‘metais’ em Szeged.
« Excelentes resultados alcançados na Taça do Mundo, mesmo com as adversidades e desafios impostos por uma pandemia [de covid-19] inesperada », destacou o treinador nacional Hélio Lucas, que acompanhou os canoístas, na rede social Instagram.
Com Agência Lusa.