Caso Maddie McCann: Procurador diz aos pais que há “provas concretas” de que a menina está morta
Hans Christian Wolters escreveu uma carta a Kate e Gerry McCann a dizer que não tem dúvidas de que a filha está morta, mas que não pode adiantar em que se fundamenta essa certeza com medo que isso ponha em risco a investigação sobre o suspeito alemão Christian Brueckner.
As polícias britânica e alemã, lançaram no dia 3 de junho passado um novo apelo público de informação sobre um homem alemão, suspeito de envolvimento no desaparecimento de Madeleine McCann em Portugal em 2007.
O homem, de 43 anos, atualmente a cumprir pena de prisão na Alemanha, terá vivido no Algarve entre 1995 e 2007, tendo a polícia revelado que registos telefónicos o colocam na área da Praia da Luz no dia em a criança inglesa desapareceu.
Foi durante uma entrevista ao jornal britânico The Daily Mail que o procurador alemão revelou que tinha enviado a carta aos pais de Madeleine Mccann, adiantando que nem a Scotland Yard nem as autoridades portuguesas estão em posse dessas provas.
“Compreendemos a dor dos pais mas é melhor para eles que tenhamos uma conclusão clara para o caso”, afirmou.
Segundo o jornal alemão Der Spiegel, a polícia alemã enviou uma carta em 4 de novembro de 2013 a Christian Brueckner para o ouvir no processo do desaparecimento de Maddie, “dando a Christian tempo suficiente para destruir qualquer prova”.
“Isso não deveria ter acontecido assim e de forma alguma corresponde ao procedimento usual num caso tão delicado”, lamenta um polícia alemão não identifica ao Der Spiegel.
De acordo com o Der Spiegel, a polícia alemã seguiu o rasto desse suspeito desde 2013, após informações transmitidas por um homem que afirmava ter sido um colega de trabalho de Christian, à época dos fatos.
Face a este testemunho, avança o jornal, a polícia de Brunswick (noroeste da Alemanha) chamou imediatamente o suspeito para ouvi-lo como testemunha, segundo a mesma fonte.
Madeleine McCann desapareceu no dia 3 de maio de 2007, poucos dias antes de fazer quatro anos, do quarto onde dormia juntamente com os dois irmãos gémeos, mais novos, num apartamento de um aldeamento turístico, na Praia da Luz, no Algarve.